Reuters
04/12/2002 - 13h01

Iraque diz que venderá petróleo enquanto ONU debate acordo

da Reuters, em Bagdá

O Iraque continuará com a exportação de petróleo se as Nações Unidas (ONU) prorrogarem por apenas duas semanas o programa petróleo-por-comida, afirmou um membro do setor petrolífero iraquiano hoje. O programa era normalmente renovado por seis meses.

"O Iraque continuará com as exportações de petróleo mesmo que o acordo petróleo-por-comida seja prorrogado por apenas duas semanas", disse. "Nossa política é que não paremos nossas vendas de petróleo a não ser que o Conselho de Segurança da ONU nos peça."



Em outras ocasiões, o governo iraquiano havia parado com as exportações quando o programa foi prorrogado por menos dos 180 dias usuais.

"Continuaremos com as vendas se uma nova fase do acordo for aprovada", disse o integrante da indústria petrolífera.

Segundo esse integrante, o país não responderia oficialmente à prorrogação de duas semanas, mas continuaria com as vendas.

O país árabe não respondeu à prorrogação anterior de nove dias, decidida na semana passada. De toda forma, os iraquianos deram continuidade às exportações, que giram atualmente em torno de 1,9 milhão de barris por dia, fazendo do Iraque o oitavo maior exportador de petróleo do mundo.

O Conselho de Segurança da ONU concordou no dia 25 de novembro com a prorrogação de nove dias a fim de dar continuidade às negociações mantidas entre o órgão e os EUA, que queriam prorrogar o programa por apenas três meses. Os demais membros do Conselho de Segurança defendem a prorrogação por seis meses.

Segundo os países-membros do órgão, os EUA mantêm o programa humanitário petróleo-por-comida sob suas rédeas para garantir a imposição de suas opiniões.

A superpotência ameaça atacar o Iraque para acabar com o suposto arsenal de armas de destruição em massa mantido por Bagdá. Os iraquianos negam possuir tais armas.

 

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