Reuters
06/12/2002 - 10h40

Oracle lança pacote de comunicação entre empresas no Brasil

da Reuters

A filial brasileira da Oracle, maior empresa de software corporativo do mundo, anunciou sua entrada no mercado de programas que ajudam corporações a se comunicarem de maneira rápida e eficaz com parceiros e fornecedores.

A companhia lançou o Oracle Collaboration Suite, um conjunto de cinco programas que a empresa antes vendia separadamente e que agora estão integrados com recursos que permitem que o funcionário acesse informações de seu computador por meio de telefones celulares ou computadores de mão.

"Esperamos que esse mercado seja de US$ 100 milhões e acho que temos condição de termos uma fatia expressiva, no mínimo um terço desse volume", afirmou o presidente da Oracle Brasil, Sérgio Rodrigues.

Segundo o executivo, a Oracle vai aproveitar o fato de estar presente na maioria das grandes empresas do país, por meio de softwares de banco de dados e outros aplicativos, para vender o novo produto e ganhar mercado da IBM e da Microsoft. "Vai ser impossível a nossa base de usuários não migrar", disse Rodrigues, citando vantagens de economia de custos para os clientes.

O lançamento do pacote no Brasil segue-se ao anúncio do produto nos Estados Unidos, em novembro. O Brasil é considerado pela Oracle um dos 10 países mais promissores para a empresa investir em divulgação de seus produtos.

Com o anúncio, a Oracle passa a competir com companhias que atuam no mercado conhecido como "de colaboração entre empresas", como as estrangeiras JD Edwards, IBM e Microsoft e as brasileiras DataSul e Microsiga.

Uma ferramenta de colaboração permite, por exemplo, a conexão em tempo real de fornecedores de insumos com o departamento de compras do cliente ou o desenvolvimento conjunto de um produto por funcionários situados em escritórios separados por milhares de quilômetros com a ajuda da internet.

Apesar da crise
O faturamento da Oracle deve crescer entre 10% e 15% este ano, afirmou o vice-presidente de vendas da companhia, Claudio Pedone. No ano passado, as vendas somaram R$ 450 milhões.

Segundo o executivo, o faturamento em dólares, porém, deve ser reduzido por conta da depreciação do real ante à moeda norte-americana este ano. "Vamos continuar crescendo em reais, mas talvez não em dólares, pois saímos de um patamar de R$ 2,40 no início do ano para R$ 3,50 agora", disse Pedone.

Segundo ele, apesar da crise da economia brasileira, a Oracle teve um bom desempenho este ano com a venda de produtos para redução de custos com computadores e software.

A empresa ainda conseguiu dois grandes contratos, dos quais um envolve a venda de aplicativos para a mineradora Vale do Rio Doce. Como a Oracle passa por um período de entrega de resultados financeiros às autoridades norte-americanas, nem Pedone, nem Rodrigues quiseram comentar detalhes sobre o assunto.

O pacote lançado ontem se somará ao segmento de ferramentas de infra-estrutura oferecidas pela Oracle, responsável por 80% do seu faturamento no Brasil. No mesmo grupo, que inclui, por exemplo, banco de dados, a empresa tem entre 6 mil e 7 mil clientes.

Os 20% restantes, segundo Pedone, vêm da venda de aplicativos. É esse segmento, onde possui aproximadamente 200 clientes no Brasil, que a Oracle quer desenvolver mais.

Segundo o vice-presidente de vendas da companhia, a meta é fazer com que essa fatia cresça para 50% do faturamento "nos próximos anos", aliando aos aplicativos a venda de serviços de informática.

"Aplicativo gera mais receita com serviço", disse Pedone, acrescentando que a Oracle pretende sair do quarto lugar no setor para chegar à liderança no mercado brasileiro de aplicativos corporativos nos próximos três anos "ou menos".

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