Reuters
09/12/2002 - 12h11

Parlamento do Iraque pede que árabes enfrentem EUA

da Reuters, em Bagdá (Iraque)

O Parlamento iraquiano pediu aos árabes hoje que se utilizem do martírio para atacar as forças norte-americanas sediadas no Kuait.

"Nós, no Iraque e em todo o mundo árabe, acreditamos que todos os árabes fiéis têm o direito, o dever e a honra de enfrentar essas forças [estacionadas no Kuait]", afirmou à agência de notícias iraquiana (INA) um porta-voz do Parlamento, cuja identidade não foi revelada.

Segundo esse porta-voz, "os membros dessas forças que forem mortos estarão condenados e os que morrerem enfrentando-os seriam mártires".

O porta-voz, disse a INA, respondia a comentários feitos pelo secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), Abdul-Rahman Al Attiya, que rejeitou um pedido de desculpas do presidente iraquiano, Saddam Hussein, dirigido à população do Kuait pela invasão de 1990.

O presidente desculpou-se anteontem pelo período da ocupação (1990-91), mas criticou os dirigentes kuaitianos por aliarem-se aos norte-americanos e aos dissidentes iraquianos contra o governo de Saddam.

O Kuait rejeitou o pedido de desculpas e afirmou que a mensagem do dirigente iraquiano equivalia a um "chamado ao terrorismo".

"Será que Abdul-Rahman Attiya sabe que as forças norte-americanas ocupam o Kuait, que sairão de lá para destruir as propriedades iraquianas e matar os iraquianos e que os comandantes dessas forças planejam ocupar o Iraque?", questionou o porta-voz do Parlamento iraquiano.

Participam do GCC o Kuait, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Qatar, Barein e Omã.

Segundo o ministro da Informação dos Emirados Árabes Unidos, xeque Abdullah bin Zaid Al Nahayan, o discurso de Saddam havia custado ao Iraque o resto de apoio de que ainda gozava no mundo árabe.

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