Soldados de Israel matam militante em fuga na Cisjordânia
da Reuters, em NablusSoldados israelenses mataram hoje um militante palestino que tentava fugir pelos telhados do campo de refugiados de Balata, perto de Nablus (Cisjordânia), segundo o Exército e testemunhas.
Osama Badra, 27, era militante da Frente Patriótica de Libertação da Palestina e, segundo pessoas que o conheceram, ultimamente atuava também no Jihad Islâmico (grupo terrorista palestino, que prega desde os anos 70 a destruição de Israel e a criação de um Estado palestino islâmico). O Exército disse que ele ignorou as ordens para se render e tentou fugir saltando de casa em casa sobre as estreitas ruas do campo, onde ele vivia.
O Exército disse ter detido 32 supostos militantes palestinos durante a noite, entre os quais 11 do Jihad Islâmico. Os militares prometeram investigar a morte de uma mulher de 25 anos, assassinada por soldados na noite de segunda-feira (9), quando desafiou o toque de recolher e pegou um táxi no campo de refugiados de Askar, também perto de Nablus.
Os militares dizem que foram feitos disparos de advertência para que a mulher parasse, mas "contra os regulamentos", como disse um porta-voz, os tiros atingiram o veículo.
A situação no Oriente Médio vai ficando mais tensa à medida que se aproximam as eleições gerais de 28 de janeiro em Israel. Os dois anos do conflito provocaram uma guinada à direita no eleitorado, e o mais recente sintoma disso foi a decisão do Partido Trabalhista, de oposição, de retirar Yossi Beilin do alto da lista de candidatos.
Beilin, 54, foi um dos arquitetos do acordo de paz firmado em 1993 com os palestinos. Ele agora está praticamente fora do Parlamento, já que é o 39o. da lista de seu partido, que não deve eleger mais do que 20 deputados, segundo as pesquisas.
O primeiro-ministro Ariel Sharon e seu partido Likud, de direita, são ambos favoritos à reeleição.
Pelo menos 1.711 palestinos e 668 israelenses já foram mortos desde o início da intifada (rebelião palestina), em setembro de 2000.
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