Reuters
11/12/2002 - 10h04

Rússia e China pressionam Coréia do Norte a deixar programa nuclear

da Reuters, em Pequim

A Rússia e a China estão pressionando fortemente a Coréia do Norte a abandonar seu programa de armas nucleares e já discutiram o assunto com o líder comunista do país, Kim Jong-il, disse hoje o embaixador russo em Pequim, Igor Rogachev.

"Nós e os amigos chineses conseguimos manter consultas intensas e contatos com Kim Jong-il, então vamos torcer, vamos rezar", afirmou. "Posso dizer com franqueza que toda semana há várias conversas telefônicas entre os presidentes e estamos muito preocupados."

Em outubro, os Estados Unidos disseram que a Coréia do Norte admitiu manter um programa de armas nucleares, violando um acordo firmado em 1994. Washington pediu à China e à Rússia, aliados dos norte-coreanos desde o tempo da Guerra Fria, que intercedessem.

Os comentários de Rogachev foram feitos pouco depois da chegada a Pequim do subsecretário de Estado norte-americano, Richard Armitage, para discutir a questão do Iraque e da Coréia do Norte com o governo local.

No começo deste mês, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Jiang Zemin, emitiram um inédito comunicado conjunto pedindo que as duas Coréias fiquem livres de armas nucleares.

Rogachev disse que os dois países esperam que Washington continue negociando com Pyongyang e cumpra sua parte no tratado de 1994, que prevê o fornecimento de combustível à Coréia do Norte, desde que o país se comprometa a não desenvolver bombas atômicas. Os EUA, o Japão e a Coréia do Sul já suspenderam a entrega do combustível.

Rogachev disse que "ninguém sabe" se a Coréia do Norte já tem armas nucleares. "Acho que a situação é a mesma de há dois meses. Precisamos de mais informações e vamos consegui-las em breve", afirmou.

 

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