Reuters
14/12/2002 - 20h12

Governo da Colômbia quer mais poder para o Exército

da Reuters, em Bogotá

O governo colombiano disse hoje a congressistas que gostaria que fosse concedido mais poder ao Exército depois que rebeldes marxistas levaram a guerra a Bogotá, capital, numa ofensiva de uma semana de atentados a bomba que culminaram em ataques contra um senador e um restaurante.

Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas na noite de sexta-feira quando uma bomba escondida numa mala explodiu em um restaurante no 30o andar de um hotel de Bogotá, onde normalmente se hospedam congressistas que vivem fora da capital colombiana.

Poucas horas antes da explosão, o senador Germán Vargas, importante aliado do presidente Alvaro Uribe em sua ferrenha posição ante à guerrilha, perdeu um dedo ao abrir um livro-bomba que foi enviado ao seu escritório embrulhado em papel de presente.

O governo culpou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo guerrilheiro que conta com 17.000 integrantes, e disse que os ataques demonstram que o Congresso deveria dar aos militares poderes que atualmente só são concedidos à polícia.

Em visita ao hotel atingido pela explosão, a ministra da Defesa, Marta Lucía Ramírez, afirmou que o Congresso deveria reconsiderar a decisão de não permitir que os militares façam, entre outras coisas, espionagem telefônica.

"Quando vamos reforçar a capacidade de nossas forças públicas se não em momentos como este?", indagou a ministra.
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca