Vaticano aprova novas diretrizes sobre padres pedófilos
da Reuters, no VaticanoO Vaticano aprovou formalmente hoje uma política sobre como a Igreja Católica deve punir os padres acusados de abuso sexual.
"A Santa Sé apóia plenamente os esforços dos bispos para combater e prevenir tal mal", disse o cardeal Giovanni Battista Re, chefe da Congregação dos Bispos, em uma carta enviada para o bispo Wilton Gregory, chefe da Conferência dos Bispos dos EUA.
O Vaticano rejeitou a proposta sobre como lidar com a pior crise a atingir a Igreja Católica dos EUA elaborada pelos bispos norte-americanos em outubro. A Santa Sé considerou as proposta inadequadas, confusas e legalmente ambíguas.
As novas diretrizes foram detalhadas por uma comissão formada por integrantes do Vaticano e da Igreja norte-americana. Segundo o cardeal Re, essas diretrizes oferecem uma "proteção eficiente aos menores" e garantem que um padre acusado tenha a chance de se defender.
A aprovação da nova política acontece três dias depois da renúncia do cardeal Bernard Law à direção da Arquidiocese de Boston (EUA), o principal foco da crise.
A Igreja Católica dos EUA viu-se atingida pelo escândalo em janeiro, quando documentos da própria Igreja revelaram que autoridades católicas tinham transferido padres acusados de pedofilia ao invés de puni-los e sem advertir os fiéis das paróquias para onde eram enviados.
Documentos revelados na semana passada por ordem da Justiça mostraram que um padre tinha um histórico de abuso de meninos, um outro mantinha uma relação amorosa com uma jovem e um terceiro fornecia cocaína para um adolescente com quem mantinha relações sexuais.
A Arquidiocese de Boston transferiu os três de suas paróquias para outras, com a conivência de superiores, revelaram os documentos.
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