Reuters
16/12/2002 - 12h15

Americanos desconhecem efeitos da vacina contra varíola

da Reuters, em Washington

Sem saber quantos norte-americanos vão insistir em tomar a vacina contra a varíola, autoridades sanitárias dos Estados Unidos afirmaram no fim de semana que a maioria da população ainda não entende os riscos da imunização.

O presidente George W. Bush anunciou na sexta-feira (13) um plano há muito esperado para iniciar a vacinação contra a doença no caso de um ataque biológico. Os primeiros a receber a vacina serão 500 mil soldados e mais de 400 mil médicos, enfermeiras e profissionais de saúde.

Em um anúncio que surpreendeu os especialistas, Bush também afirmou que a vacina estaria disponível para qualquer pessoa que fizesse questão de tomá-la. Autoridades sanitárias opõem-se fortemente a isso e acreditam que, quando os candidatos a ela souberam dos riscos, poucas tomarão a vacina.

"O governo federal não está recomendando a vacinação da população em geral", disse o secretário de Serviços Humanos e de Saúde Tommy Thompson, ressaltando, contudo, que poderá haver quem insista na dose.

Pesquisas demonstram que entre 55% e 65% dos norte-americanos adultos estão dispostos a tomar a vacina caso seja recomendado, mas autoridades dizem que ainda não podem prever quantos gostariam de ser efetivamente vacinados.

O médico Anthony Fauci, presidente do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, disse que a opinião das pessoas muda uma vez que elas aprendem mais sobre os efeitos colaterais da vacina, que foi feita com base na primeira vacina inventada em 1790.

Após ver fotos de como seriam os efeitos adversos, apenas entre 15% e 20% das pessoas disseram querer a vacina, acrescentou ele.

No momento, as 1,7 milhão de doses de vacinas aprovadas para uso pela Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana que regula alimentos e remédios, estão guardadas e serão primeiramente aplicadas em militares e profissionais de saúde.

 

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