Para Argentina, dolarizar depósitos afetaria acordo com FMI
da Reuters, em Buenos AiresO governo argentino acredita que se a Suprema Corte do país decidir que todos os depósitos convertidos de dólares para pesos sejam devolvidos em moeda norte-americana pelos bancos, o acordo entre o país e o FMI (Fundo Monetário Internacional) estará sob risco.
"Hoje já se sabe que a insegurança que esse assunto produz repercute de forma negativa sobre as negociações com o FMI", disse o chefe do Gabinete de ministros da Argentina, Alfredo Atanasof, nesta segunda-feira.
A Suprema Corte anunciou que em 30 de dezembro analisará o caso de uma correntista que exige a imediata devolução de um depósito de 13.000 dólares em um banco local que foi congelado e convertido em pesos, quando o governo tentou conter uma fuga de recursos das entidades financeiras.
Após desvalorizar a moeda local em janeiro, o presidente Eduardo Duhalde converteu em pesos todos os depósitos feitos em dólares em um câmbio inferior ao do mercado, obrigando milhares de correntistas a assumirem os prejuízos.
Na sexta-feira, o FMI afirmou que uma missão visitará Buenos Aires para fazer uma revisão geral da situação econômica e então o conselho do organismo decidirá sobre a ajuda ao país.