UE mantém veto a ração com produto animal para evitar vaca louca
da Reuters, em LuxemburgoA proibição do uso de ração de gado contendo produtos animais na UE (União Européia) será prolongada, anunciou hoje a Comissão Européia. O embargo lançado como medida de segurança contra a disseminação da doença da vaca louca terminaria no fim do mês.
A proibição temporária, que também cobre a importação e exportação de ração contendo carne, foi introduzida no início do ano, após a notícia dos primeiros casos da doença da vaca louca na França, Alemanha e Espanha.
A medida será estendida por tempo indeterminado, mas será constantemente revisada, disse uma porta-voz da Comissão.
Os ministros da Agricultura da UE reunidos em Luxemburgo não conseguiram chegar a uma decisão definitiva. Mas sob regras da UE, a Comissão tem o poder de implementar suas propostas originais de prolongar a proibição.
"Vamos adotar (a medida) nas próximas duas semanas", disse Beate Gminder, porta-voz do comissário de Proteção da Saúde e do Consumidor, David Byrne.
Os diplomatas da UE disseram que os Estados membros não mudaram suas posições desde a votação na semana passada no Comitê de Política Veterinária, quando Alemanha, Áustria, França e Espanha votaram contra a proposta da Comissão, porque defendiam uma proibição permanente.
A Grã-Bretanha se absteve na questão da inclusão da carne de peixe no embargo. Outros países apoiaram a Comissão.
Acredita-se que a ração com produtos animais é responsável pela transmissão da doença da vaca louca, ou BSE (encefalopatia espongiforme bovina), apontada por cientistas como causadora nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (nvCJD), forma humana da BSE.
Cerca de 100 pessoas morreram da doença degenerativa cerebral, quase todas na Grã-Bretanha.
