Presidente paraguaio descarta possibilidade de impeachment
da Reuters, em Assunção (Paraguai)O presidente paraguaio, Luis González Macchi, descartou hoje a possibilidade de que seja aprovado no Congresso um voto de não-confiança em seu governo, e negou que vá renunciar antes das eleições gerais de abril.
"Não há condições", disse o presidente ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de ser retirado do poder através de um julgamento político, que teve início em dezembro após um pedido da Câmara dos Deputados.
O presidente negou também que teria renunciado na semana passada, quando alguns políticos de oposição anunciaram sua suposta demissão e substituição pelo presidente da Câmara dos Deputados, Oscar González Daher.
"Realmente eu nunca renunciei. Me parece irresponsável quando pessoas desse nível mencionam algo assim para desestabilizar o país", garantiu González Macchi em seu primeiro encontro com jornalistas este ano.
A Câmara dos Deputados entrou com um processo em dezembro contra o presidente, que tem a reprovação de mais de 70% da população, por acusações de corrupção e mal desempenho de funções, e enviou a ação ao Senado, que pode retirá-lo do poder com o voto de 30 de seus 45 membros.
A acusação encontra-se atualmente em uma comissão especial da Senado, que deve ditar o procedimento a ser seguido durante o processo.
Os legisladores que eram favoráveis ao presidente se distanciaram publicamente dele com a aproximação das eleições, argumentando que perderiam votos defendendo o presidente.
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