Reuters
07/01/2003 - 09h31

Como os EUA, Reino Unido quer mobilizar reservistas para o Iraque

da Reuters, em Londres

O governo britânico está disposto a mobilizar tropas regulares e reservistas para uma possível guerra contra o Iraque, a exemplo do que já vêm fazendo os Estados Unidos.

O ministro da Defesa, Geoff Hoon, deve fazer um anúncio sobre o assunto ao Parlamento hoje, um dia antes de viajar para a Turquia, onde discutirá o possível uso de bases militares do país. Fontes do ministério disseram que Hoon vai colocar 7.000 reservistas em alerta e mobilizar tropas e navios.

O Reino Unido compartilha com os EUA das suspeitas de que o Iraque desenvolve armas de destruição em massa. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) investiga se isso é verdade, Washington se prepara para dobrar seu contingente de 60 mil homens na região do golfo Pérsico.

Também hoje, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, deve fazer um discurso a seus embaixadores enfatizando a aliança com Washington. "É maciçamente do interesse nacional permanecer como um aliado próximo dos EUA", dirá ele, segundo assessores. Blair deve dizer também que o mundo "vai sofrer as consequências de nossas fraquezas" se não desarmar o regime de Saddam Hussein.



Aumentando as especulações de que a guerra é iminente, uma frota (que inclui um porta-aviões, um submarino e um destróier) vai rumar no fim de semana para o Oriente, onde participa de um treinamento programado há muito tempo.

No trajeto, os navios passarão próximos ao golfo Pérsico. "Obviamente, se qualquer barco estiver por perto e uma situação ocorrer, não está fora das possibilidades que ele se envolva", disse um funcionário do Ministério da Defesa.

Apesar disso, um porta-voz do governo disse que a guerra contra o Iraque não é inevitável. Ontem, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou que ainda não encontrou nada de suspeito no Iraque, mas que é cedo para conclusões definitivas.

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