Reuters
10/01/2003 - 10h58

Alfândega australiana apreende "máquina de morrer''

da Reuters, em Canberra

Agentes alfandegários australianos apreenderam hoje a "máquina de morrer" criada pelo médico Philip Nitschke, um defensor da eutanásia que se preparava para apresentar seu invento nos Estados Unidos.

Um funcionário da alfândega disse que vários itens foram apreendidos no aeroporto de Sydney por infringirem a legislação que proíbe a exportação de bens destinados a ajudar as pessoas a cometer suicídio.

"Eles foram recolhidos de um passageiro, mas não queremos antecipar que ação pode ser tomada, já que as investigações continuam. O passageiro seguiu para os Estados Unidos", disse Leon Bedington, assessor de imprensa do serviço de alfândega.

As autoridades não revelaram o nome do passageiro, mas o próprio Nitschke anunciou aos jornalistas que a máquina havia sido retirada de sua bagagem. O equipamento seria apresentado na semana que vem em San Diego, Califórnia, durante uma conferência sobre eutanásia.

A máquina provoca a morte rápida e indolor de pacientes terminais por inalação de monóxido de carbono puro.

Nitschke ficou famoso em 1997, quando ajudou quatro pacientes a cometerem suicídio, valendo-se de uma lei regional no norte do país, a primeira em todo o mundo autorizando a prática da eutanásia.

Todos eles usaram uma máquina criada por Nitschke para administrar uma injeção letal. Poucos meses depois, a lei regional foi suspensa pelo governo nacional. Apesar disso, Nitshcke continua dando palestras sobre o tema em todo o país.

 

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