Reuters
13/01/2003 - 17h14

WorldCom estuda mudar de nome para deixar escândalos para trás

da Reuters, em Nova York (EUA)

A WorldCom, sob qualquer outro nome, continuaria insolvente, mas a empresa que se tornou um sinônimo de contabilidade polêmica quer deixar de lado sua marca maculada e provavelmente adotará o nome de sua subsidiária MCI, que opera serviços de telefonia residencial de longa distância, segundo fontes ligadas à companhia.

Diante da assustadora perspectiva de recuperar a marca WorldCom --ou da custosa opção de criar um novo nome--, fontes familiarizadas com a situação dizem que a opção mais fácil seria expandir a famosa marca MCI, que os consumidores conhecem bem devido a campanhas publicitárias protagonizadas por astros como Michael Jordan.

"Se eu fosse eles, com certeza abandonaria o nome WorldCom --ele está associado a um plano fracassado de conquistar o mundo, ao trapalhão Bernie Ebbers (ex-presidente executivo do grupo) e a práticas duvidosas", diz Mark DiMassimo, que dirige a agência DiMassimo Brand Advertising.

A WorldCom, dona da Embratel no Brasil, afirmou que nenhuma decisão foi tomada ainda com relação a sua marca. "É certamente um assunto que estamos considerando, e um processo que estamos levando muito a sério. Haverá muita pesquisa e consideração. Mas por enquanto não tomamos nenhuma decisão", disse Brad Burns, porta-voz da WorldCom.

Mas os analistas dizem que simplesmente mudar o nome não deve apagar as lembranças do escândalo contábil de US$ 9 bilhões que derrubou a empresa. A alteração também não deve tirar da memória as imagens televisivas de seu ex-vice presidente financeiro, Scott Sullivan, detido pela polícia e encaminhado ao tribunal por sete acusações de fraude contábil das quais se declarou inocente.

"Existe uma tendência natural a pensar que as coisas não poderiam piorar e que não haverá mais danos para a marca WorldCom", disse DiMassimo. "Mas independentemente do que eles façam, o novo nome terá de navegar em águas bastante turbulentas."

Na semana que vem, o novo presidente do conselho da WorldCom, Michael Capellas, pode delinear aos funcionários suas prioridades para tirar a empresa da concordata. Capellas definirá um amplo plano estratégico, que será aprofundado nos meses seguintes com mais detalhes sobre demissões e vendas de ativos, disseram fontes.

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