Reuters
15/01/2003 - 18h11

Gravadoras e empresas de tecnologia chegam a trégua

da Reuters, em Washington (EUA)

A indústria fonográfica e diversos grupos de tecnologia que estão em disputa sobre leis de direitos autorais decretaram uma trégua provisória e tentarão definir regras para proteger filmes e música digital contra a pirataria generalizada.

Os dois lados na disputa esperam conseguir evitar uma grande batalha de lobby no Congresso dos Estados Unidos quanto ao reforço da proteção aos direitos autorais em mídias digitais ou a preservação do direito dos usuários sobre fazerem cópias.

A Riaa (associação das gravadoras norte-americanas) pretende trabalhar em cooperação com a BSA (Business Software Alliance) e o CSPP (Computer Systems Policy Project), duas associações setoriais cujos membros incluem IBM, Dell e Intel.

"Isso representa uma mudança completa no debate sobre questões de conteúdo digital", disse Ken Kay, diretor executivo do CSPP. "Desdobramentos no setor privado e não a intrusão da mão pesada do governo, são a melhor maneira de proteger a liberdade de escolha dos consumidores e a inovação."

Especialistas acreditam, no entanto, que uma disputa legislativa é provável, já que os estúdios cinematográficos e os fabricantes de bens eletrônicos de consumo, dois participantes importantes do debate, não assinaram o acordo.

Em questão está a disputa fervilhante que opõe os fornecedores de conteúdo --como as gravadoras e estúdios de cinema-- ao setor de tecnologia.

As gravadoras e Hollywood vêm pressionando o Congresso por novas formas de impedir a pirataria de seu material. Um projeto de lei introduzido pelo senador Ernest Hollings, democrata da Carolina do Sul, exige que Hollywood e o Vale do Silício desenvolvam tecnologia que impeça os computadores e outros dispositivos de mídia digital de executarem arquivos que não contenham um selo de aprovação do setor.
 

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