Partido de Sharon está perto de vencer eleições, dizem pesquisas
da Reuters, em JerusalémNovas pesquisas de opinião divulgadas hoje mostram que o partido Likud, do primeiro-ministro Ariel Sharon, está perto de vencer as eleições da próxima semana em Israel.
O Likud deve conseguir pelo menos 12 cadeiras a mais que seu principal oponente, o Partido Trabalhista, no Parlamento de 120 vagas. Apesar disso, o partido não deve alcançar a maioria absoluta e precisará formar uma coalizão.
Reuters - 15.dez.2002 |
Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel |
Um dos levantamentos mostrou que os trabalhistas conseguiriam mais votos se seu candidato a primeiro-ministro fosse o ex-chanceler Shimon Peres, em vez do pacifista Amram Mitzna, que lidera o partido há dois meses.
"Quem toma a decisão de conduzir uma campanha deve assumir a responsabilidade. Quem quiser entender o significado disso que entenda", disse o ex-vice-ministro trabalhista Weizman Shiri à rádio do Exército, numa crítica a Mitzna. Ele disse que a campanha trabalhista está sendo conduzida de forma confusa.
Mas uma outra política do partido, que pediu anonimato, disse que Mitna não vai renunciar e que Peres não seria um bom candidato, já que nunca venceu uma eleição para cargo majoritário. "Temos um candidato. Ninguém sugeriu trocar a liderança", afirmou.
Segundo o jornal "Yedioth Ahronoth", o Likud deve conquistar 32 ou 33 cadeiras (eram 34 na semana passada), contra 19 ou 20 dos trabalhistas (eram 20 na última pesquisa).
Na pesquisa do jornal "Maariv", o Likud tem 31 cadeiras (também uma a menos que na semana passada), e o Partido Trabalhista segue inalterado, com 19.
A votação do dia 28 é crucial para definir os próximos meses no conflito com os palestinos. Enquanto Sharon defende manter a política linha-dura que caracteriza seu governo, Mitzna propõe reiniciar o processo de paz e retirar unilateralmente os soldados e colonos da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Sharon demonstra vontade de formar novamente um governo de "unidade" com os trabalhistas, mas Mitzna se opõe, o que deixa ao primeiro-ministro apenas a opção de se aliar a partidos religiosos e de extrema direita.
A campanha política continua cercada por violência. Hoje, o Exército explodiu a casa de um militante islâmico em Hebron (Cisjordânia). O homem era acusado de planejar um atentado suicida.
Segundo os palestinos, o Exército também já anunciou que pretende demolir 170 lojas do mercado Nazlat Issa, em Tulkarem, na Cisjordânia.
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