Reuters
20/01/2003 - 16h03

Pornografia conduzirá decolagem do celular de próxima geração

da Reuters, em Estocolmo (Suécia)

A pornografia provavelmente estará entre os principais condutores de demanda nos dias iniciais dos telefones que acessam a internet em altíssima velocidade, disse hoje o presidente-executivo do império pornô Private Media Group.

"Nas novas tecnologias, os serviços adultos usualmente respondem por 80% do tráfego. Foi assim com o vídeo, a internet e o DVD. É natural presumir que a mesma coisa aconteça com a internet móvel", disse Charles Prast. A experiência demonstra que posteriormente a participação desse tipo de conteúdo cai para cerca de 20% do total, completou.

A Visiongain, uma empresa de pesquisa, estima que o valor do mercado de pornografia será de US$ 70 bilhões em 2006 e que US$ 4 bilhões desse total talvez venham da telefonia móvel.

Esse é o ano em que as operadoras mais conservadoras de telefonia móvel esperam ver um mercado de massa para a telefonia celular de terceira geração (3G), que permite a transmissão de vídeos para celulares.

"O número pode ser atingido", disse Prast. "Veremos alguns consumidores abandonando os canais atualmente existentes e o mercado como um todo irá crescer. A mobilidade reforçará o impulso de comprar, e ela também oferece mais discrição", disse.

A demanda por pornografia entre os consumidores de serviços de telefonia móvel já fica evidente na Holanda, onde proporção considerável do mais recente serviço de envio de imagens por redes móveis da operadora Vodafone é usada para pornografia, segundo uma fonte da indústria de telecomunicações.

Um porta-voz da Vodafone disse que a empresa não tinha capacidade de verificação de conteúdo e se recusou a confirmar se a pornografia dominava seu serviço de transmissão móvel de imagens na Holanda.

Outra vantagem de comprar pornografia em uma rede móvel seria o fato de que a cobrança seria realizada pela operadora, e o usuário não teria de enviar detalhes sobre o seu cartão de crédito via internet. "Muitos consumidores têm más experiências quanto ao uso do cartão de crédito", disse Prast. As operadoras se interessariam em fazer a cobrança porque têm margem de lucro de 25% nesses serviços, acrescentou.

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