Reuters
21/01/2003 - 09h59

EUA estão decididos a atacar apesar de cooperação, diz Iraque

da Reuters, em Bagdá

O vice-presidente iraquiano, Taha Yassin Ramadan, disse hoje que os Estados Unidos estavam decididos a invadir o país, apesar de um acordo feito por Bagdá para aumentar a cooperação com os inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas).

"O Iraque aceitou e cooperou com a resolução 1441 da ONU, mas há uma movimentação de soldados, e o som dos tambores da guerra avisam que nada mudou", declarou Ramadan.

Segundo o vice-presidente, o Iraque repetiu aos inspetores que não tem armas de destruição em massa: "Dissemos aos inspetores que os EUA sabem melhor que eles que o Iraque não tem essas armas, mas eles querem fazer disso um instrumento de provocação".

As declarações de Ramadan foram feitas um dia após o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, e o responsável pelo órgão de vigilância nuclear, Mohamed ElBaradei, terem concluído uma visita de dois dias a Bagdá, onde firmaram um acordo com o governo iraquiano para que Bagdá os ajude a verificar se o país tem armas de destruição em massa.

"Estamos trabalhando para aprofundar a cooperação a fim de não dar um pretexto aos malvados propósitos do governo norte-americano", afirmou Ramadan.

O presidente dos EUA, George W. Bush, tem dito que liderará uma "coalizão dos dispostos" a obrigar o Iraque a desistir de suas supostas armas de destruição em massa caso Bagdá não coopere com os inspetores da ONU.

Blix disse em Atenas que pertencia ao Iraque a obrigação de convencer o mundo de que não esconde esse tipo de arma.

Mas afirmou que Bagdá havia se negado a permitir vôos de reconhecimento de aviões U-2 sobre seu território, alegando que os inspetores queriam utilizar o que os iraquianos chamaram de "aviões espiões" com pessoal majoritariamente norte-americano.

Leia mais no especial Iraque

Leia mais notícias de Mundo
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca