Reuters
21/01/2003 - 10h39

Sony estuda fabricação do PlayStation 2 no Brasil

da Reuters

A Sony projeta um mercado potencial de 11 milhões de usuários para o lançamento oficial de seu console PlayStation 2 no Brasil, de acordo com estimativa do presidente da companhia no país. A fabricação local faria do Brasil o primeiro país do mundo a ter uma produção nacional do aparelho, disse Minoru Itaya, presidente da Sony no Brasil.

"Sabemos que existe um grande uso do PlayStation no Brasil, pelo menos 11 milhões, e entendemos que eventualmente esse número possa ser convertido em PlayStation 2, como aconteceu com outros países", revelou Itaya.

Fabricado apenas no Japão, o PlayStation 2 já vendeu desde seu lançamento, em março de 2000, cerca de 50 milhões de unidades no mundo todo, sendo líder do mercado onde também concorrem Nintendo, com o GameCube, e Microsoft, com o Xbox.

O PlayStation é vendido no Brasil sem o apoio oficial da Sony. É trazido por contrabando ou importado legalmente por empresas particulares.

Entre os motivos que a Sony divulgava para não fabricar no país um de seus principais produtos estava a pirataria de jogos, que representa mais de 50% das vendas, de acordo com estimativas da indústria. Além disso, pesava o fato de a marca do console estar em poder da Gradiente até o final do ano passado.

O executivo comentou que os planos de fabricar o videogame no Brasil estão sendo avaliados pela Sony Computer Entertainment, unidade responsável pelo produto, porque o mercado local tem um potencial "bastante grande". Além disso, seria mais conveniente fabricá-lo no país do que importá-lo.

Ele citou como exemplo televisores fabricados no pólo da empresa na Zona Franca de Manaus, que custam 40% menos do que se fossem importados do Japão, por conta de barreiras tarifárias.

Tomando por base o preço de varejo, R$ 1.500 e os 11 milhões de usuários do PlayStation original, o mercado potencial para o produto seria de R$ 16,5 bilhões nos próximos cinco anos. "A esperança (de trazer o produto para o Brasil) é grande", disse Itaya.

Porém, os planos para a fabricação local do videogame ainda dependem da conclusão da burocracia de transferência dos direitos do nome PlayStation no Brasil da Gradiente para a Sony, disse o executivo.

A Gradiente, que detinha a marca desde 1999, informou que o processo deve estar concluído entre março e abril deste ano, mas que o assunto está "tecnicamente resolvido", após o entendimento das empresas em novembro para a transferência do nome PlayStation no mercado brasileiro.

Segundo o presidente da Sony no Brasil, a fabricação local, bem como a distribuição, não envolveria nenhuma outra empresa além da Sony. "Se optássemos por um terceiro, já poderíamos ter começado esse negócio", disse Itaya, esclarecendo que a estratégia da empresa não contempla ceder tecnologia para companhias terceirizadas fabricarem seus produtos.

A Sony tem duas fábricas na Zona Franca de Manaus, uma de produtos de áudio e vídeo e outra de componentes eletrônicos. O faturamento da companhia no ano fiscal de 2002, que termina em abril, deve ficar em torno dos US$ 250 milhões, menos do que no ano anterior por conta da desvalorização do real em relação à moeda norte-americana, disse Itaya.

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