Reuters
23/01/2003 - 12h19

Guerra ao Iraque fará 11/9 parecer "piquenique", diz jornal

da Reuters, em Bagdá

Soldados americanos vão sofrer um destino pior que o dos ataques de 11 de setembro se Washington ordenar uma invasão do Iraque, disse hoje o jornal "Babel", de propriedade de Uday Hussein, filho do presidente Saddam Hussein.

"A América precisa pagar um alto preço para o banho de sangue que resultará se ela atacar o Iraque", disse um editorial assinado por "Abu Sarhan", que costuma ser um pseudônimo do filho de Saddam.

Reuters - 12.nov.2002
Uday Hussein, filho mais velho do presidente Saddam Hussein
"Os eventos de 11 de setembro serão um piquenique comparados com o que acontecerá à América se ela agredir o Iraque", disse, referindo-se aos ataques suicidas com aeronaves contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, que mataram cerca de 3.000 pessoas em 2001.

"Se os americanos cometerem outro ato tolo, isso irá custar a eles um preço alto que pode ficar além de seus cálculos e expectativas, e que pode levar ao declínio dos Estados Unidos como superpotência internacional", disse Abu Sarhan.

"Nós dizemos essas palavras porque o Iraque possui numerosos recursos de força e habilidade", acrescentava a coluna da primeira página.

Os Estados Unidos estão reunindo soldados na região diante de uma possível guerra por causa de armas de destruição em massa que Washington garante que Saddam está escondendo dos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas). Os analistas dizem que uma invasão ao país árabe pode começar já no próximo mês.

O presidente dos EUA, George W. Bush, alertou ontem os comandantes iraquianos que eles poderiam enfrentar acusações de crimes de guerra se usarem armas químicas ou biológicas contra soldados americanos que invadirem seu território.

O jornal "Babel" disse que o motivo verdadeiro para uma guerra liderada pelos EUA era o controle das reservas de petróleo iraquianas, a segunda maior do mundo depois da Arábia Saudita.

"Os americanos estão atrás do petróleo iraquiano e eles precisam dele porque, de acordo com estudos técnicos, o Iraque não é o segundo país (do mundo) com maiores reservas de petróleo depois da Arábia Saudita, é o primeiro", disse.

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