Jornais iraquianos ignoram relatório de armas e falam em guerra
da Reuters, em BagdáOs jornais iraquianos ignoraram hoje o importante relatório que os inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas)) entregarão hoje, por volta das 13h30 (horário de Brasília), ao Conselho de Segurança e publicaram declarações de ameaça.
O conteúdo do relatório, elaborado pelo chefe dos inspetores de armas, Hans Blix, e pelo diretor da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA), Mohamad ElBaradei, pode deflagrar uma contagem regressiva para uma invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
"A morte é o destino em que eles (os EUA) deveriam pensar antes de qualquer coisa", afirmou o jornal "Al Jumhoriya", do governo.
"Eles deveriam se conscientizar de que há 25 milhões de agressores suicidas nascidos em Bagdá, nas cidades, nos vilarejos e no deserto do Iraque", acrescentou o diário.
O governo norte-americano deixou claro que lançaria sozinho uma guerra contra o Iraque se não tivesse apoio da comunidade internacional. Os EUA acusam o país árabe de estocar armas de destruição em massa. O governo iraquiano nega.
O jornal "Al Thawra", porta-voz do Partido Baath (do governo), disse que o Iraque tomava "todas as medidas necessárias para enfrentar qualquer agressão e usaria todos os meios de resistência para derrotá-la".
"Quando chegar a hora, todos os recursos humanos e materiais serão mobilizados para confrontar os agressores e derrotá-los", disse o diário.
O jornal "Babel", de propriedade de Uday Hussein, filho mais velho do presidente do país, Saddam Hussein, acusou os EUA de terem dois pesos e duas medidas.
"Por que há essa agressão americana contra o Iraque enquanto os EUA mantêm suas armas guardadas em relação à Coréia do Norte?", perguntou o jornal.
Ontem, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, afirmou que a paciência do governo norte-americana estava se esgotando.
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