Reuters
29/01/2003 - 12h06

Ator de "Super-Homem" defende clonagem terapêutica

da Reuters, em Sydney

O ator Christopher Reeve, que interpretou o personagem Super-Homem no cinema, disse hoje que a regulamentação rígida imposta pela administração Bush às pesquisas com célula-tronco será um dia revista, devido à pressão dos Estados norte-americanos.

A declaração de Reeve --confinado a uma cadeira de rodas há sete anos após ficar tetraplégico-- foi dada após o presidente norte-americano, George W. Bush, posicionar-se ontem no Congresso contra qualquer tipo de clonagem humana.

O ator acredita que os Estados norte-americanos, um por um, devem seguir o exemplo da Califórnia, que aprovou uma lei, em setembro, permitindo a clonagem terapêutica. O procedimento poderia recuperar espinhas dorsais danificadas e curar doenças degenerativas, como o mal de Parkinson.

"Quando isso acontecer em cerca de seis Estados, com uma comunidade científica vital e uma indústria farmacêutica vital, terá surgido uma força que o governo federal provavelmente não conseguirá conter," declarou.

Reeve, 50, caiu de um cavalo em 1995, fraturou a espinha e desde então vive em uma cadeira de rodas, respirando com a ajuda de aparelhos.

Depois do acidente, ele tornou-se um dos grandes defensores de um tipo de pesquisa bastante polêmica. Ele acredita na necessidade de se realizar pesquisas com a transferência nuclear, a chamada clonagem terapêutica.

Para Reeve, essa prática, que envolve o uso de células-tronco tiradas de adultos ou de embriões, não deve ser confundida com a clonagem reprodutiva, a qual na opinião dele deve ser criminalizada.
 

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