Parada gay de S. Francisco é marcada por participação de muçulmanos
da Reuters, em São FranciscoPara Naveed Merchant, que marcha hoje pela Market Street, em São Francisco, nos Estados Unidos, a tradicional Parada do Orgulho Gay marca um momento crucial: a revelação pública de sua identidade escondida. Mas o segredo de Merchant, descendente de paquistaneses, não é o fato de ele ser homossexual, mas de ser muçulmano.
"Acho que não vou ser a mesma pessoa quando voltar a Los Angeles", disse ele. "Não vou mais ficar escondendo que sou muçulmano."
Para Merchant e muitos outros homossexuais muçulmanos, a parada gay de São Francisco é uma chance de levantar uma bandeira para uma das comunidades mais escondidas - os gays e lésbicas seguidores do Islã.
"Isso é bom para nos dar visibilidade e mostrar que existimos", disse Faisal Alam, fundador da Fundação Al-Fatiha, uma instituição sem fins lucrativos que tem como fim encorajar e apoiar muçulmanos que querem reconciliar a fé com a opção sexual.
"Por muito tempo, ninguém sabia que existiam muçulmanos gays. Bem, aqui estamos nós".
De outro lado, está a doutrina muçulmana, que abomina o homossexualismo. Taha Jabir Alalwani, presidente da Escola de Ciências Sociais e Muçulmanas, na Virginia, atacou: "Não há como ser gay e muçulmano ao mesmo tempo".
"Se eles querem ser gays, devem então ficar longe da religião e da comunidade islâmicas."
O Al-Fatiha foi fundado em 1997 como um simples grupo de discussão na internet. Agora, a fundação conta com mais 275 assinantes em mais de 20 países do mundo.
Leia mais: