Gisele Bündchen desfila moda praia na SP Fashion Week
da Reuters, em São PauloA top model Gisele Bündchen vai fazer os defiles de verão para a marca de maiôs e biquínis Cia.Marítima na próxima terça-feira, dia de encerramento da São Paulo Fashion Week.
Gisele, que desfilou a última coleção da marca paulista no ano passado, aceitou novamente o convite para o trabalho na última sexta-feira à noite.
"Ela já não é uma modelo, é uma celebridade. E o retorno para nós é excelente", disse o diretor-executivo da Cia. Marítima, Benny Rosset, que já trouxe modelos como Naomi Campbell para desfilar suas peças.
Rosset não quis revelar o valor do cachê da modelo, mas disse que investiu cerca de R$ 350 mil apenas na produção do desfile, incluindo todos os cachês.
A escalação de beldades inclui a também top estrangeira Frankie Rayder, além das brasileiras Shirley Mallman, Raica, Caroline Ribeiro e Ana Rickman, entre outras.
Índios e silicone
A próxima coleção da Cia. Marítiman será totalmente inspirada em vários povos indígenas dos Estados Unidos.
Penas, miçangas multicoloridas (com força para o turquesa, o vermelho e o verde suave) e tons terrosos serviram de inspiração aos criadores das peças, que também usaram fotos antigas de várias tribos para estampar cangas e biquínis.
"Trouxemos até terra do deserto do Moabe, em Utah, para fazer nossa pesquisa", disse Benny. "Descobrimos que os índios usavam essa terra para tingir suas roupas. Nada mais natural, então, que usar isso na coleção. As fotos da campanha também acabaram sendo feitas lá".
Outros temas que prometem virar estampa nas praias brasileiras são as tradicionais colchas de patchwork, as quilts, além das Forças Armadas dos EUA da virada do século 19.
Nos sutiãs, predominam os modelos estruturados, com arames e bojos reforçados. "Mas também estamos pensando em modelos grandes para quem tem silicone", lembra Rosset.
A Cia.Marítima, que exporta cerca de 10% da produção anual de 700 mil peças para a Europa, passou a vender para os EUA no ano passado.
Nos EUA, Rosset pretende abrir pelo menos 10 pontos de venda este ano, com lojas próprias na Flórida, em Nova York e na Califórnia, além de estandes nas principais lojas de departamento.
