Reuters
09/02/2003 - 09h20

Colômbia e EUA responsabilizam Farc por atentado em Bogotá

da Reuters, em Bogotá

A Colômbia e os Estados Unidos responsabilizaram as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) pelo atentado com carro-bomba que destruiu um clube de Bogotá, matando pelo menos 32 pessoas. O grupo rebelde prometeu fazer com que a elite urbana do país sofra os efeitos de uma guerra rural.

Uma festa infantil e outra de casamento estavam entre os eventos que aconteciam no complexo do Club Nogal quando um carro explodiu em um estacionamento na noite de sexta-feira. A explosão incendiou os tanques de combustível de outros carros, destruindo paredes, matando muitas pessoas e ferindo outras 160.

''Não tenha dúvida nenhuma de que foram as Farc'', disse o vice-presidente colombiano, Francisco Santos, à imprensa. ''Eles vêm tentando realizar um ataque como esse há algum tempo e conseguimos impedir algum deles.''

Caso o ataque seja de fato de autoria das Farc, ele desafia o presidente Alvaro Uribe, que disse aos rebeldes para esquecer as negociações de paz sem um cessar-fogo.

Autoridades colombianas haviam informado anteriormente que traficantes de drogas descontentes com as promessas de Uribe de dar um fim ao comércio de cocaína estavam entre os suspeitos do ataque.

Em Washington, o Departamento de Estado norte-americano também culpou as Farc pelo que autoridades colombianas descreveram como o ataque a bomba mais espetacular desde a campanha de terror do último rei da cocaína Pablo Escobar, no final da década de 80 e início dos anos 90.

''Acredita-se que o ataque a bomba no Club Nogal, em Bogotá, na noite passada faz parte da campanha de terrorismo urbano das Farc'', informou o Departamento de Estado em um comunicado.

O Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, telefonou à Ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Carolina Barco, prometendo ''solidariedade com o governo colombiano na luta contra organizações terroristas que promovem atos como esse.''

O Club Nogal, um luxuoso complexo em uma região rica de Bogotá, abriga restaurantes refinados, hotel, centro de convenções, piscinas, quadras de squash e até um campo de golfe artificial. O local é frequentado por ministros do governo, mas sua clientela é formada principalmente por executivos e suas famílias.
 

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