Reuters
12/02/2003 - 22h28

Uribe intensifica campanha diplomática contra as Farc

da Reuters, em Bogotá

O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, intensificou hoje sua campanha diplomática contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, maior guerrilha do país) ao solicitar apoio a Brasil, Equador, Peru e Venezuela para declarar o grupo uma organização "terrorista".

Reuters - 27.mai.2002
Alvaro Uribe, presidente da Colômbia
O pedido de Uribe ocorre após o ataque de um carro-bomba repleto com 200 quilos de explosivos contra o clube de elite El Nogal, em Bogotá, que deixou 35 mortos na sexta-feira (7), incluindo seis crianças.

A solicitação do presidente colombiano aos governos dos países fronteiriços foi revelada um dia após ele ter obtido o que descreveu como um sucesso internacional, ao conseguir que seis países centro-americanos e a Argentina declarassem as Farc uma organização "terrorista".

"Quero pedir-lhe que designe formalmente as Farc como uma organização terrorista, e que nos proporcione seu apoio para que ocorra o mesmo nos diferentes foros regionais e internacionais", disse Uribe em carta enviada de maneira individual aos presidentes dos países fronteiriços à Colômbia.

Carro-bomba

O ataque de sexta-feira, o mais grave deste tipo em uma década na capital colombiana, foi considerado um golpe à classe política, econômica e social do país, que sofre com um conflito interno de quatro décadas.

Uribe responsabilizou as Farc pelo ataque. A guerrilha é o mais antigo e numeroso grupo rebelde da América Latina, com cerca de 17 mil combatentes.

Sob o status de "terrorista", líderes e militantes das Farc podem ser capturados e extraditados à Colômbia e suas propriedades, confiscadas.

A declaração vetaria ainda a possibilidade de as Farc participarem de reuniões em foros políticos internacionais.

A guerrilha já faz parte da lista de organizações "terroristas" do Departamento de Estado dos Estados Unidos, e no ano passado a União Européia enquadrou as Farc em uma relação similar.

"A designação de terrorista nos ajudaria a que os compromissos que adquirimos na luta contra o terrorismo sejam efetivados em todos os países", acrescentou Uribe no documento.

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