Reuters
20/02/2003 - 10h15

Fábrica de chips da Intel nos EUA passa por reforma de US$ 2 bi

da Reuters, em San Jose (EUA)

A Intel, maior fabricante de semicondutores do mundo, anunciou ontem que investirá US$ 2 bilhões para reformar uma fábrica no Estado do Arizona, nos EUA. O objetivo é instalar tecnologia de ponta para a produção de chips e largar na frente dos adversários quando o mercado começar a se recuperar.

Segundo a Intel, a fábrica começará a processar discos de silício do tamanho de pratos, com transistores na escala de 65 nanômetros até o final de 2005, informou a Intel.

Ao usar os discos --cortadas para produzir chips-- de porte maior e encaixar mais transistores em sua superfície, a Intel ganhará eficiência na fabricação e poderá produzir processadores que operam mais rápido e a temperaturas mais baixas.

"Sempre nos posicionamos com capacidade suficiente para crescer mais rápido que o setor", disse Craig Barrett, presidente-executivo da Intel.

Os fabricantes de microchips estão construindo menos fábricas novas e comprando menos equipamentos para a produção de chips, em meio à pior crise já registrada pelos setores de telecomunicações e semicondutores. "De acordo com a maioria das opiniões, chegamos ao fundo do poço e a única direção em que podemos nos movimentar agora é para cima", disse Barrett.

Barrett retornou a temas familiares em sua empresa, fundada 34 anos atrás, articulando sua crença de que a computação e as comunicações estão convergindo, uma tendência que estimulará a demanda e os lucros do setor de tecnologia.

Durante o crescimento acelerado da Internet no final dos anos 90, a Intel investiu agressivamente nos setores de comunicações e redes, adquirindo mais de duas dezenas de pequenas empresas. Os negócios da Intel no ramo de comunicações continuam a perder dinheiro e ainda não está claro quando essa divisão sairá do vermelho, contou Barrett. "Estamos tentando nos recuperar, mas é muito difícil."
 

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