Iraque contrabandeia petróleo pela Jordânia, diz jornal dos EUA
da Reuters, em Londres (Reino Unido)O Iraque está contrabandeando grandes carregamentos de petróleo a partir de seu porto de Khor Al Amaya, no golfo Pérsico, segundo integrantes dos setores petroleiro e de transportes. A desobediência às resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas) seria a de maiores proporções entre as ocorridas até hoje.
As notícias sobre o contrabando de Khor Al Amaya foram divulgadas pela primeira vez hoje pelo jornal norte-americano "The Wall Street Journal".
Transportadoras e negociantes de petróleo afirmam que seis navios-tanque, com capacidade total de 9 milhões de barris, haviam sido contratados para carregar no porto, localizado perto de Mina Al Bakr, de onde partem navios autorizados pela ONU.
Mesmo a preços baixos, essa quantidade de petróleo valeria cerca de US$ 250 milhões no mercado internacional.
No passado, o Iraque contrabandeou petróleo em pequenas embarcações e, há dois anos, começou a bombear 200 mil barris por dia para a Síria através de um oleoduto.
Os carregamentos ilegais parecem ser os maiores realizados pelo governo iraquiano até agora em seus esforços para retomar o controle sobre os rendimentos obtidos com o petróleo e acontecem em meio às ameaças norte-americanas de invadir o país.
Segundo membros da indústria petroleira, o negócio foi fechado por uma empresa jordaniana, e o produto deve ser entregue no porto de Ácaba (Jordânia), no mar Vermelho, onde seria transferido para outras embarcações a fim de ser reexportado. Os carregamentos ilegais estariam acontecendo há quase dois meses.
Não se sabe exatamente quem seria o comprador final do produto.
O Iraque pode exportar petróleo dentro do programa petróleo-por-comida, da ONU. O dinheiro obtido com essas vendas é controlado pela organização internacional.