Reuters
27/06/2001 - 15h26

Europeus pressionam Japão e EUA sobre Tratado de Kyoto

da Reuters, em Bruxelas (Bélgica)

A principal autoridade da área de meio ambiente da UE (União Européia) afirmou hoje que o futuro do Tratado de Kyoto, que prevê medidas para combater o aquecimento do globo, dependia da vontade política do Japão e da não-interferência dos EUA.

Participando de uma reunião na em Haia (Holanda) convocada para preparar o encontro previsto para ocorrer na Alemanha no próximo mês e no qual será discutido o Tratado de Kyoto, a comissária do Meio Ambiente da UE, Margot Wallstrom, afirmou que os negociadores "enfrentavam uma situação difícil''.

"Estamos trabalhando duro para chegar a um acordo em Bonn (Alemanha) e desejamos ser flexíveis'', afirmou Wallstrom em comunicado divulgado em Bruxelas (Bélgica).

"Os outros países, entre os quais o Japão, têm vontade política de fazer do encontro de Bonn um sucesso? E os EUA permitirão que os outros países dêem continuidade ao processo? É isso ao menos o que o presidente Bush [George W. Bush, dos EUA] prometeu.''

As negociações, que acontecem na cidade holandesa de Scheveningen, buscam deixar claro exatamente o que poderá ser alcançado no encontro da Alemanha, considerado por muitos como a última chance de manter vivo o Tratado de Kyoto, enfraquecido depois de ser rejeitado pelos EUA em março.

A UE deseja que o Japão, a segunda maior economia do mundo, continue comprometido com o acordo sobre mudanças climáticas independentemente da participação norte-americana.

O governo japonês, que negociou ao lado dos EUA regras flexíveis sobre o corte na emissão de gases que provocam o efeito estufa, tenta convencer os norte-americanos a voltarem atrás, algo que a maior parte das autoridades da UE considera impossível.
 

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