Reuters
28/06/2001 - 10h50

Japão diz que pode extraditar cunhado de Fujimori

da Reuters, em Tóquio

O Japão mantém-se firme em sua posição de acolher o ex-presidente peruano Alberto Fujimori no país, mas disse que poderá extraditar seu cunhado, suspeito de desviar dinheiro público, segundo afirmaram fontes do governo hoje.

Tóquio insiste que Fujimori, que tem cidadania japonesa, não será extraditado, mas autoridades do governo declararam não descartar a possibilidade de entregar o ex-embaixador do Peru no Japão, Victor Aritomi Shinto.

"Não temos outra opção senão responder de acordo com as leis domésticas do Japão", disse um funcionário-sênior do ministério das Relações Exteriores.

Ele afirmou que o governo tem ainda de analisar os detalhes de um relatório de um juiz peruano que concedeu um mandado de prisão para Aritomi. O ex-embaixador não tem cidadania japonesa.

AP - 25.jun.2001
Vladimiro Montesinos, ex-braço direito do ex-presidente Albeto Fujimori
Representantes do governo japonês disseram que, enquanto o Japão não costuma extraditar seus cidadãos, a lei exige que o país entregue estrangeiros acusados de crimes sérios. "A esta altura, não podemos afirmar se devemos ou não extraditá-lo [Aritomi]", afirmou a fonte.

A fonte revelou que Aritomi abandonou sua cidadania japonesa há dez anos, quando tornou-se embaixador peruano no Japão. Ele renunciou ao posto em novembro, mas continua morando no país.

O ex-presidente Fujimori fugiu para o Japão em novembro do ano passado, em meio a um escândalo de corrupção no Peru, e foi destituído do cargo logo depois.

O Japão reconhece a cidadania de Fujimori, porque seu nome foi registrado no Japão após seus pais emigrarem para o Peru nos anos 30. Os dois países não mantêm acordos de extradição.

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