Reuters
10/03/2003 - 12h19

EUA pedem que civis iraquianos não abandonem suas casas

da Reuters, em Al Kuait

Os Estados Unidos e o Reino Undio disseram hoje aos civis iraquianos que, no caso de um conflito armado, não se desesperem e não fujam.

Segundo os dois países, uma grande onda de refugiados prejudicaria a distribuição de ajuda e aumentaria o risco de um desastre humanitário.

"O tamanho e a magnitude de uma crise potencial é inacreditável", afirmou James Brown, um conselheiro das Forças Armadas dos EUA para o Centro de Operações Humanitárias (HOC), que tentará coordenar as operações de ajuda a partir da capital Al Kuait.



Alistair Mack, um conselheiro britânico do HOC, declarou: "A idéia é mantê-los perto de suas casas e fazer com que voltem com dignidade assim que possível. Pretendemos trabalhar com a comunidade internacional a fim de permitir que isso aconteça".

Mack e Brown estão entre as várias autoridades do HOC que falaram com repórteres em um hotel da Cidade do Kuait para tentar disseminar um clima de confusão que paira sobre os esforços humanitários a serem realizados no caso de uma guerra.

"Houve falta de clareza e de informações a respeito do papel a ser desempenhado por cada um e isso dificultou nossa tarefa de planejar adequadamente uma resposta", disse Cassandra Nelson, da organização privada Mercy Corps.

Grupos de ajuda presentes no Kuweit, base principal dos soldados norte-americanos e britânicos mobilizados para uma eventual invasão, acrescentaram que a falta de verbas vem prejudicando os preparativos para o que pode ser um grande desastre humanitário.

Segundo algumas entidades, medidas suplementares podem ser tomadas para evitar a eclosão de uma onda de refugiados ou o surgimento de epidemias depois de uma invasão militar.

Autoridades do Kuait especulam que o número de refugiados apenas no sul do Iraque ficaria entre 50 mil e 250 mil.

Especial
  • Saiba mais sobre a crise EUA-Iraque
     
  • FolhaShop

    Digite produto
    ou marca