Reuters
13/03/2003 - 12h51

Suspeitos do assassinato de premiê sérvio continuam foragidos

da Reuters, em Belgrado

A Sérvia disse que os suspeitos de serem os assassinos do primeiro-ministro Zoran Djindjic, membros do crime organizado, continuavam foragidos hoje, dia no qual era velado o corpo do homem em quem os sérvios confiavam para consolidar sua democracia.

O vice-primeiro-ministro sérvio, Zarko Korac, afirmou que, apesar do grande número de pessoas detidas durante a noite, continuavam foragidos os principais suspeitos de terem matado o político reformista de 50 anos.

A Grécia, país que ocupa atualmente a Presidência rotativa da União Européia (UE), prometeu que o bloco daria apoio ao governo sérvio em seus esforços para assegurar a estabilidade da Sérvia e dos Bálcãs.



Korac prometeu que a Sérvia continuaria a realizar as reformas necessárias para sufocar a cultura de viés mafioso surgida durante o governo turbulento do hoje ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic.

O vice-premiê deu essas declarações depois de o governo ter acusado o Zemun, uma organização criminosa, pelo assassinato. Cerca de 20 de seus supostos líderes foram apontados como suspeitos.

"Esse é provavelmente o grupo mais bem organizado dos Bálcãs", disse Korac. "A polícia prendeu várias pessoas durante a noite. A maior parte das pessoas constantes da lista de suspeitos, porém, está se escondendo."

"Segundo nossas informações, um dos principais suspeitos teria ligações com os serviços de segurança sérvios. Ele teria participado de vários assassinatos."

"O outro é um ex-comandante de uma Unidade de Operações Especiais e está foragido."

Djindjic recebeu dois tiros na quarta-feira do lado de fora do prédio do governo, em Belgrado.

O governo decretou três dias de luto oficial para o premiê, o primeiro líder de governo europeu assassinado desde a morte do primeiro-ministro sueco Olof Palme, em 1986. Uma homenagem deve acontecer hoje no Parlamento.

Também foi declarado estado de emergência na Sérvia.

 

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