Reuters
14/03/2003 - 16h45

WorldCom reduz perdas em dezembro; prevê encargos de US$ 80 bi

da Reuters, em Clinton (EUA)

A empresa norte-americana de telefonia em processo de concordata WorldCom reduziu seu prejuízo líquido no último mês de 2002, período em que as receitas permaneceram estáveis. Além disso, a companhia --que no Brasil controla a Embrate -- disse que vai assumir encargos de quase US$ 80 bilhões para depreciar o valor de bens intangíveis, propriedades e outros ativos.

O prejuízo líquido da WorldCom em dezembro foi de US$ 47 milhões, com faturamento de US$ 2,2 bilhões. Os números se comparam a perdas de US$ 194 milhões no mês anterior.

Os rivais da WorldCom têm afirmado que estão roubando clientes da empresa e ampliando participação de mercado.

A AT&T, maior operadora de telefonia de longa distância dos EUA, disse que ganhou cerca de US$ 1,7 bilhão em contratos nos últimos sete meses. Já a rival Sprint, quarta maior do setor, conseguiu US$ 400 milhões em novos contratos com cerca de 200 clientes corporativos desde maio de 2002.

A WorldCom, que alertou que seus erros contábeis podem ultrapassar os US$ 9 bilhões, precisa reportar relatórios financeiros mensais enquanto tenta se reorganizar pelas regras de concordata dos EUA.

A empresa encerrou dezembro com cerca de US$ 2,5 bilhões em caixa, aumento de US$ 200 milhões em relação ao início daquele mês.

Além disso, a WorldCom anunciou que iria depreciar em US$ 45 bilhões o valor de bens intangíveis, e reduzir de US$ 44,8 bilhões para US$ 10 bilhões o valor de suas propriedades, fábricas e equipamentos. Assim, os encargos totais a serem assumidos pela companhia devem ser da ordem de US$ 79,8 bilhões.

Representantes da empresa, que no ano passado protagonizou o maior pedido de concordata da história corporativa, estiveram reunidos com credores esta semana para apresentar a estratégia de negócios e as prioridades da WorldCom para os próximos três anos.

No mês passado, a empresa anunciou a demissão de 5.000 empregados, ou mais de 8% de sua força de trabalho, dentro dos planos de reduzir os custos anuais em US$ 2,5 bilhões.
 

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