WorldCom reduz perdas em dezembro e prevê encargos de US$ 80 bi
da Reuters, em ClintonA empresa norte-americana de telefonia WorldCom, que em processo de concordata e controla a Embratel, reduziu seu prejuízo líquido no último mês de 2002, período em que as receitas permaneceram estáveis.
A companhia vai assumir encargos de quase US$ 80 bilhões para depreciar o valor de bens intangíveis, propriedades e outros ativos. O prejuízo líquido da WorldCom em dezembro foi de US$ 47 milhões, com faturamento de US$ 2,2 bilhões.
Os números se comparam a perdas de US$ 194 milhões no mês anterior, sobre receita de US$ 2,2 bilhões. Os rivais da WorldCom têm afirmado que estão roubando clientes da empresa e ampliando participação de mercado.
A AT&T, maior operadora de telefonia de longa distância dos EUA, disse que ganhou cerca de US$ 1,7 bilhão em contratos nos últimos sete meses.
Já a rival Sprint, quarta maior do setor, conseguiu US$ 400 milhões em novos contratos com cerca de 200 clientes corporativos desde maio de 2002.
A WorldCom, que alertou que seus erros contábeis podem ultrapassar os nove bilhões de dólares, precisa reportar relatórios financeiros mensais enquanto tenta se reorganizar pelas regras de concordata dos EUA.
A empresa encerrou dezembro com cerca de US$ 2,5 bilhões em caixa, aumento de US$ 200 milhões em relação ao início daquele mês.
A WorldCom também anunciou que iria depreciar em US$ 45 bilhões o valor de bens intangíveis, e reduzir de US$ 44,8 bilhões para US$ 10 bilhões o valor de suas propriedades, fábricas e equipamentos. Assim, os encargos totais a serem assumidos pela companhia devem ser da ordem de US$ 79,8 bilhões.
Representantes da empresa, que no ano passado protagonizou o maior pedido de concordata da história corporativa, estiveram reunidos com credores esta semana para apresentar a estratégia de negócios e as prioridades da WorldCom para os próximos três anos.
No mês passado, a empresa anunciou a demissão de 5.000 empregados, ou mais de oito por cento de sua força de trabalho, dentro dos planos de reduzir os custos anuais em US$ 2,5 bilhões.