Papa faz apelo de última hora em defesa da paz
da Reuters, no VaticanoO papa João Paulo 2º fez hoje mais um apelo em defesa da paz enquanto as tropas norte-americanas e britânicas preparam-se para invadir o Iraque.
O papa invocou o "precioso dom da boa vontade e da paz para toda a humanidade, e especialmente para as pessoas ameaçadas nesse momento pela guerra".
"Rezo para que, neste momento de trepidação para a paz, o desejo de harmonia e reconciliação seja reavivado", afirmou.
Max Rossi/Reuters |
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João Paulo 2º, que pede solução pacífica para crise iraquiana, durante pronunciamento em Roma |
As declarações foram as primeiras do papa desde que o governo norte-americano concedeu, na segunda-feira (17), um prazo de 48 horas para que o presidente iraquiano, Saddam Hussein, deixe o país árabe sob pena de ser atacado.
O prazo termina amanhã de manhã (hoje à noite em Brasília). Saddam rechaçou o ultimato.
João Paulo 2º, 82, foi um dos nomes de destaque dos esforços diplomáticos que tentaram evitar um ataque contra o país árabe.
Ontem, o principal porta-voz do Vaticano advertiu sobre o fato de que os países responsáveis pela guerra assumiriam grandes responsabilidades diante de Deus e da humanidade.
"Aqueles para quem se esgotaram as alternativas pacíficas oferecidas pelas leis internacionais assumem uma grande responsabilidade diante de Deus, de sua consciência e da história", disse o porta-voz Joaquín Navarro-Valls.
O papa reiterou a necessidade de uma solução pacífica da crise iraquiana durante seu tradicional pronunciamento de hoje.
O homem escolhido por João Paulo 2º para liderar os esforços de paz da Igreja Católica, arcebispo Renato Martino, repetiu a advertência de que a guerra pode incentivar a realização de atentados terroristas.
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