Reuters
19/03/2003 - 10h27

Papa faz apelo de última hora em defesa da paz

da Reuters, no Vaticano

O papa João Paulo 2º fez hoje mais um apelo em defesa da paz enquanto as tropas norte-americanas e britânicas preparam-se para invadir o Iraque.

O papa invocou o "precioso dom da boa vontade e da paz para toda a humanidade, e especialmente para as pessoas ameaçadas nesse momento pela guerra".

"Rezo para que, neste momento de trepidação para a paz, o desejo de harmonia e reconciliação seja reavivado", afirmou.

Max Rossi/Reuters
João Paulo 2º, que pede solução pacífica para crise iraquiana, durante pronunciamento em Roma


As declarações foram as primeiras do papa desde que o governo norte-americano concedeu, na segunda-feira (17), um prazo de 48 horas para que o presidente iraquiano, Saddam Hussein, deixe o país árabe sob pena de ser atacado.

O prazo termina amanhã de manhã (hoje à noite em Brasília). Saddam rechaçou o ultimato.

João Paulo 2º, 82, foi um dos nomes de destaque dos esforços diplomáticos que tentaram evitar um ataque contra o país árabe.

Ontem, o principal porta-voz do Vaticano advertiu sobre o fato de que os países responsáveis pela guerra assumiriam grandes responsabilidades diante de Deus e da humanidade.

"Aqueles para quem se esgotaram as alternativas pacíficas oferecidas pelas leis internacionais assumem uma grande responsabilidade diante de Deus, de sua consciência e da história", disse o porta-voz Joaquín Navarro-Valls.

O papa reiterou a necessidade de uma solução pacífica da crise iraquiana durante seu tradicional pronunciamento de hoje.

O homem escolhido por João Paulo 2º para liderar os esforços de paz da Igreja Católica, arcebispo Renato Martino, repetiu a advertência de que a guerra pode incentivar a realização de atentados terroristas.

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