Reuters
29/06/2001 - 16h21

Depois de Milosevic, TPI quer agora dois acusados foragidos

da Reuters, em Haia

Há dois anos, Carla del Ponte deixou claro que, como chefe da promotoria do tribunal internacional da ONU (Organização das Nações Unidas), não daria trégua aos responsáveis pelas matanças e ações de limpeza étnica ocorridas nos Bálcãs.

Após anos de processos contra figuras menores, começaram a aparecer perante o tribunal em Haia, na Holanda, importantes chefes militares e políticos sérvios e croatas da Bósnia.

Agora, com a chegada do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, del Ponte, uma advogada suíça de 54 anos, tem em suas mãos o homem mais procurado pela corte internacional. Mas é improvável que a promotora se satisfaça com isso.

Os procedimentos criminais contra Milosevic estão apenas começando, advertiu a advogada hoje. E ainda há muito a ser feito.

O líder servo-bósnio do tempo da guerra, Radovan Karadzic, e seu comandante militar, Ratko Mladic, são os próximos na lista de procurados.

"A transferência de Milosevic é um momento de virada que irá levar a uma renovação dos esforços para prender aqueles fugitivos (Karadzic e Mladic)", disse a promotora durante uma disputada entrevista coletiva

AP - 02.fev.2001

Slobodan Milosevic, ex-presidente da Iugoslávia
Del Ponte, que substituiu a canadense Louise Arbour em setembro de 1999, visitou incansavelmente as capitais européias insistindo na necessidade dos líderes do continente encorajarem a Iugoslávia a tomar medidas para entregar os suspeitos de crimes de guerra ao tribunal.

E a pressão das potências ocidentais, que prometeram ajudar financeiramente a Iugoslávia se houvesse cooperação, teve um papel decisivo na aprovação pelo país da extradição de Milosevic.


 

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