Reuters
02/07/2001 - 12h26

Juiz belga começa a investigar premiê de Israel por massacre

da Reuters, em Bruxelas

Um juiz belga começou a investigar o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, sob a suspeita de que ele tenha cometido crimes contra a humanidade em um massacre de palestinos ocorrido em 1982, segundo informações de um porta-voz da Justiça.

Reuters - 30.out.2000
Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel
O juiz Patrick Collignon começou investigar o caso depois de ter decidido que são procedentes as duas denúncias apresentadas contra Sharon em relação à morte de centenas de palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, no Líbano, disse Josef Colpin, porta-voz da promotoria.

A investigação de Collignon irá determinar se há provas suficientes para que a promotoria peça o julgamento de Sharon.

As denúncias, que também dizem que o premiê cometeu genocídio e crimes de guerra, foram apresentadas por sobreviventes palestinos e libaneses do massacre. Uma lei belga de 1993 prevê que o país poderá julgar estrangeiros por violações dos direitos humanos cometidas fora de seu território. A pena máxima é a prisão perpétua.

Uma investigação realizada em 1983 por autoridades israelenses considerou Sharon, então ministro da Defesa, indiretamente responsável pela morte de centenas de homens, mulheres e crianças nos campos de refugiados atacados por milícias cristãs com a conivência das forças de Israel, que invadiam o Líbano.

Advogados dos sobreviventes disseram que pode ser difícil levar Sharon até a Bélgica para que seja julgado.

Uma denúncia contra o presidente iraquiano, Saddam Hussein, por supostos crimes contra a humanidade foi considerada admissível no país na sexta-feira (29 de junho).

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