Juiz belga começa a investigar premiê de Israel por massacre
da Reuters, em BruxelasUm juiz belga começou a investigar o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, sob a suspeita de que ele tenha cometido crimes contra a humanidade em um massacre de palestinos ocorrido em 1982, segundo informações de um porta-voz da Justiça.
Reuters - 30.out.2000 |
Ariel Sharon, primeiro-ministro de Israel |
A investigação de Collignon irá determinar se há provas suficientes para que a promotoria peça o julgamento de Sharon.
As denúncias, que também dizem que o premiê cometeu genocídio e crimes de guerra, foram apresentadas por sobreviventes palestinos e libaneses do massacre. Uma lei belga de 1993 prevê que o país poderá julgar estrangeiros por violações dos direitos humanos cometidas fora de seu território. A pena máxima é a prisão perpétua.
Uma investigação realizada em 1983 por autoridades israelenses considerou Sharon, então ministro da Defesa, indiretamente responsável pela morte de centenas de homens, mulheres e crianças nos campos de refugiados atacados por milícias cristãs com a conivência das forças de Israel, que invadiam o Líbano.
Advogados dos sobreviventes disseram que pode ser difícil levar Sharon até a Bélgica para que seja julgado.
Uma denúncia contra o presidente iraquiano, Saddam Hussein, por supostos crimes contra a humanidade foi considerada admissível no país na sexta-feira (29 de junho).