Reuters
27/03/2003 - 23h15

Mídia dos EUA evita veicular anúncios contra a guerra

da Reuters, em Nova York

Grupos contrários à guerra reclamam porque não podem veicular seus anúncios contra a ofensiva anglo-americana ao Iraque na mídia dos Estados Unidos.

O grupo de defesa dos direitos civis TrueMajority declarou que não teve problemas em publicar anúncios em jornais como "The New York Times" e "The Wall Street Journal", mas que não teve a mesma sorte na televisão. As redes CNN, Fox, MTV e até mesmo o canal pago Comedy Central recusaram segmentos que traziam celebridades, como a atriz Susan Sarandon, conversando com "especialistas" sobre questões de guerra.

A Fox adota há muito o princípio de não aceitar anúncios ligados aos chamados grupos de defesa de direitos civis, segundo uma porta-voz da rede de TV. A CNN, que pertence à AOL Time Warner, não aceita anúncios de grupos de defesa dos direitos civis que tenham a ver com regiões em conflito.

O grupo antiguerra Not In Our Name ("não em nosso nome", em inglês) declarou que a MTV recusou-se a veicular seus filmes feitos pela renomada documentarista Barbara Kopple, nos quais jovens norte-americanos em Nova York falam a respeito de sua oposição à guerra.

A organização Peace Action ("ação da paz", em inglês) disse que tinha anúncios prontos para ser veiculados antes e depois do pronunciamento do presidente George W. Bush em janeiro, mas que foram rejeitados pela Comcast, a principal operadora de TV a cabo nos EUA.

A Peace Action estava produzindo novos comerciais, inclusive alguns para rádio, mas não tinha certeza se seriam veiculados.

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