Reuters
03/04/2003 - 19h17

"A Máfia Volta ao Divã" é chocho se comparado ao primeiro filme

da Reuters, em Hollywood

Billy Crystal e Robert De Niro mais uma vez formam uma curiosa dupla em "A Máfia Volta ao Divã", estréia desta sexta-feira nos cinemas brasileiros.

Dirigida por Harold Ramis, esta sequência do filme de 1999, "A Máfia no Divã", reacende a química entre Crystal e De Niro, mas o longa é chocho se comparado ao anterior.

O filme se esforça para encontrar uma desculpa para o mafioso Vitti ser solto da prisão e mais uma vez se meter com o desajeitado Dr. Ben Sobel (Billy Crystal).

Os espectadores de riso fácil deverão se divertir com as novas escapadas da dupla, mas ainda assim é pouco para o que se poderia esperar dos dois protagonistas e do diretor Harold Ramis.

Com medo de ser morto antes de sua libertação iminente da prisão, Vitti finge um colapso nervoso total que o leva, inclusive, a cantar músicas do filme "Amor, Sublime Amor" no refeitório lotado por dezenas de outros presos.

Não se sabe se De Niro está só fazendo de conta que não sabe cantar ou se sua voz realmente é horrível, mas, seja como for, o barulho resultante é tão pavoroso que não surpreende que as autoridades queiram mandá-lo para longe o mais rapidamente possível.

Na cena que talvez seja a menos convincente do ano, o FBI coloca Vitti sob a custódia de Sobel, que é encarregado de conservá-lo "são, sóbrio e empregado" durante um mês e cuja residência se torna, com isso, "uma instituição federal temporária".

Menos convincente do que esta situação são os empregos que o mafioso consegue, entre eles o de revendedor de carros, de recepcionista num restaurante e de vendedor de jóias.

Quando nada disso dá certo, Vitti é contratado como consultor de um seriado de TV sobre a máfia intitulado "Little Caesar".

Ele critica a autenticidade dos diálogos do programa e chama alguns de seus "associados" antigos para dar um toque de realismo ao seriado.

A ansiedade que Vitti sofreu no primeiro filme desta vez é transferida para o psicólogo, que acaba de perder o pai, é criticado constantemente por sua mulher (Lisa Kudrow) e o tempo todo toma comprimidos que lhe provocam problemas musculares.
 

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