Reuters
03/07/2001 - 18h12

São Paulo Fashion Week registra furto de equipamentos de jornalistas

da Reuters, em São Paulo

Jornalistas que estão trabalhando na cobertura da São Paulo Fashion Week tiveram seus equipamentos de reportagem furtados. Ontem o laptop da jornalista Camila Francis, do site Via Mulher, foi furtado de dentro da sala de imprensa enquanto ela assistia a um desfile.

"Saí da sala quando o desfile da Cavalera estava quase começando e voltei assim que terminou. Quando cheguei, meu laptop tinha sumido", contou ela.

No mesmo dia, foram registrados furtos de equipamentos fotográficos e de uma bolsa de dentro da sala de desfiles. No domingo, o jornalista Jorge Seger, colega de Camila, teve o CD player do seu carro roubado.

"Você estaciona o carro no parque, porque há sempre pessoas dando indicações aos convidados, e você acha que elas vão tomar conta do seu veículo. Mas quando saí daqui, no domingo, às 23h40, meu carro estava todo aberto e tinham levado o meu CD player e quatro CDs importados", disse Jorge Seger.

Segundo Seger, as ocorrências dos assaltos estão sendo feitas na 36ª Delegacia de Polícia, que se localiza próxima ao Parque do Ibirapuera, onde a semana de moda está acontecendo. A delegada de plantão Roberta Guerra afirmou não ter conhecimento dos registros, que ela diz acreditar terem sido feitos em outro expediente.

Guerra afirmou que as vítimas têm o direito de entrar com uma ação na Justiça para terem os seus bens ressarcidos pela organização do evento.

De acordo com os jornalistas assaltados, a organização do evento deu respostas evasivas, prometendo apenas verificar se existe a possibilidade da organização da Fashion Week arcar com os prejuízos.

"Procurei o Paulo Borges (fundador da semana de moda), e ele virou as costas para mim", disse Seger. "Acho um absurdo que exista segurança particular contratado e ninguém possa fazer nada para evitar esse mal-estar."

A diretoria da Fashion Week foi procurada três vezes hoje, mas em todas elas a informação foi que os organizadores do evento encontravam-se em reunião, sem hora para acabar.

Gisele Najar, responsável pelo atendimento à imprensa, afirmou apenas que "como em todo lugar publico, as pessoas têm que cuidar das coisas. A sala de imprensa é restrita a pessoas com crachá e, portanto, só havia jornalistas ali".

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