Parentes de vítimas de avião russo tentam ir ao local da tragédia
da Reuters, em Yekaterinburg (Rússia)Parentes dos mortos do acidente com um avião russo, ocorrido ontem às 21h10 (14h10 em Brasília), encontravam-se em aeroportos hoje, à espera de vôos que os levassem até o local do pior acidente aéreo civil do país nos últimos anos.
"Eles não estão nos contando por que o avião caiu, mas estão falando que as últimas palavras do piloto foram 'vejo a pista de pouso'", disse nervosa Roza Gavrikova, cujo marido estava no vôo.Na madrugada de hoje (em Brasília), investigadores percorreram florestas da Sibéria e conseguiram obter, em meio à fuzelagem do avião, as duas caixas-pretas do Tupolev 154. Mas ainda há poucos indícios do que teria causado a queda da aeronave.
Imagens da televisão mostravam o local do acidente coberto por pedaços do avião e corpos. Apenas a asa traseira do avião, carregando o símbolo da empresa VladivostokAvia, permaneceu intacta. Autoridades afirmaram não haver sobreviventes.
O avião caiu quando circulava para fazer um pouso em Irkutsk, no meio do caminho entre Yekaturnburg, nos Montes Urais, e Vladivostok, na costa leste da Rússia. A aeronave tentou pousar duas vezes e acabou caindo na terceira tentativa, segundo informou a imprensa russa.
Um porta-voz do Ministério de Emergências disse que 143 corpos foram encontrados no local do acidente. Segundo um porta-voz do aeroporto de Yekaterinburg, o avião levava 136 passageiros e nove tripulantes, incluindo 12 cidadãos chineses e seis crianças.
De acordo com agências de notícias russas, o ministro de Emergências, Sergei Shoigu, disse que a queda pode ter sido causada por uma falha simultânea dos três motores do avião, mas o vice-ministro dos Transportes, Karl Ruppel, declarou tal possibilidade como "praticamente impossível".
O Kremlin informou que o presidente, Vladimir Putin, nomeou uma comissão do governo para investigar o acidente. Shoigu estará supervisionando a investigação.
