Reuters
14/04/2003 - 14h17

WorldCom muda nome e apresenta plano de reestruturação

da Reuters

A WorldCom pretende sair da concordata com um novo nome, um novo vice-presidente financeiro e com uma parcela de sua antiga dívida sob um plano que dá aos credores o controle da companhia.

No Brasil, a WorldCom controla a Embratel, maior operadora de telefonia de longa distância do país.

A companhia norte-americana, que no ano passado entrou com o maior pedido de concordata da história do mundo corporativo após um escândalo contábil que pode ultrapassar os US$ 11 bilhões, nomeou Robert Blakely como seu novo vice-presidente financeiro. A WorldCom também anunciou que vai trocar de nome e passará a ser conhecida como MCI, sua subsidiária de longa distância residencial.

Segundo a operadora, que também vai mudar de sede, seu plano de reorganização exige que a empresa reduza sua dívida para um patamar entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4,5 bilhões, além de ter US$ 1 bilhão disponível em caixa.

A empresa, que transmite cerca de metade do tráfego mundial de internet, tem dívida de US$ 41 bilhões e pediu concordata em julho do ano passado.

O projeto de reestruturação da WorldCom tem o apoio de 90% dos credores da companhia. A operadora de telefonia espera voltar ao lucro no final deste ano, quando estima sair da concordata.

Isso aconteceria num momento em que todo o setor de telefonia de longa distância sofre com baixa na demanda e aumento na competição com operadoras menores e empresas de telefonia móvel.

A mudança de nome para MCI, companhia de telefonia de longa distância adquirida pela WorldCom em 1998, tem o objetivo de afastar a imagem da companhia de sua antiga diretoria, que era comandada por Bernie Ebbers, o executivo estilo cowboy que construiu o grupo com mais de 60 aquisições.

Agora, a WorldCom pretende ter uma nova ênfase em clientes de pequeno e médio porte e nos serviços de telefonia local.

Além disso, a companhia também vai ampliar o uso da internet para transmitir dados de voz e ajudar as corporações na integração de suas redes. Desde que entrou em concordata, a WorldCom viu suas vendas caírem em todos os meses, o que a colocou a caminho de uma queda anualizada nas receitas de 26%.

A operadora espera obter receitas de US$ 24,7 bilhões em 2003, para depois ver o número crescer 4,5% em 2004 e 7% em 2005, de acordo com seu plano trianual de negócios.
 

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