Reuters
24/04/2003 - 18h25

EUA criam incentivos para gerar empregos no setor de tecnologia

da Reuters, em Chicago (EUA)

A crise econômica pode significar o aumento de incentivos para empresas, particularmente no setor de alta tecnologia. Agora, por exemplo, Estados dos EUA estão criando novos meios de gerar empregos perdidos durante a atual recessão.

Vários governadores propuseram medidas para estimular o crescimento e aumentar a oferta de empregos, criando cortes de impostos, linhas de crédito e outros tipos de assistência financeira.

"Quando presenciamos a economia se desaquecendo, é o momento de pressionar pelo desenvolvimento econômico de uma comunidade", disse o governador de Dakota do Sul, Mike Rounds.

O Estado da Pensilvânia, que têm um déficit público de US$ 2,4 bilhões, perdeu 74 mil empregos desde dezembro, de acordo com números oficiais.

"A alta do desemprego gera turbulência econômica em nossas comunidades", disse o governador Ed Rendell no mês passado. Rendell propôs a venda de US$ 2 bilhões em títulos, a fim de levantar mais de US$ 5 bilhões para programas de desenvolvimento econômico, incluindo prêmios para empreendimentos que criem novos empregos.

Ed Carduner, presidente da SIM Associates, empresa de consultoria que negocia pacotes de incentivo para empresas, disse que a crise levou muitos Estados norte-americanos a aumentar seus programas de auxílio.

"Os incentivos são como fazer pagamentos pela saúde econômica de um Estado. Não se trata de benefício social empresarial", disse ele.

Segundo ele, Estados do Meio Oeste, muito atingidos pela crise, vêm promovendo vários incentivos, enquanto alguns Estados estão cortando a ajuda empresarial devido a problemas com seu próprio orçamento, como a Califórnia e Nova Jersey.

Enquanto alguns Estados se concentram em ajuda industrial, outros estão investindo no setor de alta tecnologia.

"Illinois deveria ter se tornado --e ainda vai se tornar-- a pradaria do silício", disse o governador Rod Blagojevich no mês passado, ao anunciar incentivos ao setor de nanotecnologia, que manipula matéria no nível atômico, e um pacote de US$ 200 milhões para ajuda a novas empresas de tecnologia.

Iowa quer explorar seu status de maior Estado agrícola e apostar no setor biotecnológico. Um fundo de US$ 810 milhões visa estimular essa área.

O Estado de Minnesota também pretende incentivar os negócios ligados à ciência e criou zonas francas para atrair empresas de biociência, além de um acordo de ajuda financeira para a universidade estadual e a Clínica Mayo para a pesquisa biotecnológica e de genoma.
 

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