Reuters
30/05/2003 - 16h01

Crescimento das vendas mundiais de chips perde fôlego em abril

da Reuters, em Amsterdã (Holanda)

As vendas mundiais de semicondutores se reduziram de maneira mais acentuada do que o esperado em abril, destacando o impacto da demanda fraca dos consumidores por celulares e computadores pessoais.

A receita mensal de US$ 12,14 bilhões ficaram estáveis se comparadas a março, e subiram apenas 9,7% em relação ao mesmo mês no ano anterior, ante as taxas de crescimento superiores a 20% registradas nos primeiros meses do ano, informou a WSTS (World Semiconductor Trade Statistics).

Na região da Ásia-Pacífico e no Japão, onde a maior parte dos fabricantes de chips e produtos eletrônicos estão baseados, as vendas subiram ligeiramente em comparação a março, enquanto as vendas nas Américas e na Europa caíram, informou a associação.

As vendas de abril foram mais fracas do que se esperava, o que manteve a tendência de desaceleração do crescimento em meio à queda na demanda dos consumidores asiáticos por celulares e computadores pessoais causada pelo vírus da Sars, disseram os analistas. Muitos deles vêem estagnação da demanda no segundo semestre do ano, à medida em que a demanda se reduza ainda mais.

"Os US$ 12,14 bilhões são um resultado inferior ao esperado. A demanda final foi decepcionante em abril. Caso isso continue, os fornecedores de semicondutores encerrarão o trimestre com estoques mais elevados", disse Nicolas Gaudois, analista do Deutsche Bank.

Os chips são usados em toda espécie de produtos, de computadores e celulares a brinquedos e automóveis. O crescimento das vendas se desacelerou este ano, com a perda de ímpeto da recuperação seguinte à pior recessão já sofrida pelo setor.

A SIA (Semiconductor Industry Association), dos Estados Unidos, no mês passado reduziu suas estimativas para o setor de chips. A previsão inicial era de crescimento de 20% no faturamento, mas agora a associação fala em expansão de "dois dígitos". Muitos analistas consideram que isso seja otimista e prevêem crescimento de entre 5% e 10%.
 

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