Europa prepara-se para nova onda de greves
da Reuters, em Dresden (Alemanha)Milhares de empregados de fábricas de aço e de empresas de engenharia do leste da Alemanha entraram em greve hoje para pedir pela redução da semana de trabalho, enquanto trabalhadores franceses e austríacos se preparam para protestar novamente contra os planos de reforma do setor previdenciário.
Operários da fábrica da Volkswagen em Zwickau e de outras empresas de engenharia da região, antes parte da Alemanha Oriental (comunista), reuniram-se no portão da fábrica, agitando bandeiras dos sindicatos e carregando cartazes nos quais se lia: "Semana de 35 horas".
"Após 13 anos da reunificação da Alemanha, precisamos de outras medidas para chegarmos às mesmas condições de trabalho e aos mesmos salários do resto da Alemanha", disse Klaus Zwickel, chefe do sindicato IG Metall.
Cerca de 320 mil pessoas trabalham na indústria de engenharia e aço no leste da Alemanha. Os sindicatos defendem uma redução da semana de trabalho, das atuais 38 horas para 35. No oeste da Alemanha, a semana de 35 horas já é usada.
A greve na Alemanha continuaria, inicialmente, até quinta-feira (5) em sete empresas de aço e oito de outros setores, entre os quais o dos fabricantes de peças da indústria automobilística.
Segundo os empregadores, a indústria no leste do país ainda estava fraca demais para suportar os custos de uma semana de trabalho reduzida.
Os protesto no leste da Alemanha acontecem enquanto sindicatos nas principais economias européias estão se manifestando contra os planos de seus governos de cortas gastos previdenciários e lançar reformas em apoio dos negócios.
A França prepara-se para enfrentar uma nova "terça-feira negra", semelhante à verificada no dia 13 passado, quando uma greve paralisou o sistema de transporte e obrigou escolas a fecharem suas portas.
Na Áustria, os trabalhadores também devem realizar uma paralisação para protestarem contra o plano de reforma do sistema previdenciário.
