Reuters
02/07/2003 - 15h55

Alto preço é obstáculo para popularização de tocadores de vídeo

da Reuters, em Nova York (EUA)

Os tocadores digitais portáteis de vídeo facilitam a vida de quem quer assistir a um concerto, um show de rock ou a uma temporada de episódios de seu seriado favorito em um aparelho que cabe no bolso. Porém os altos preços destes dispositivos e as limitações de programação são um obstáculo para sua disseminação entre o público.

Essa nova categoria de aparelhos é dirigida às pessoas que viajam com freqüência e aos jovens que se sentem confortáveis com música e vídeos digitais. Mais ou menos do tamanho de um livro de bolso, eles podem carregar dezenas de filmes de longa metragem, milhares de arquivos de música e imagens e ainda sobra espaço para outros tipos de arquivos.

A possibilidade de carregar na palma da mão os filmes e vídeos prediletos de alguém é a realização de um sonho: o de que uma pessoa possa ser uma espécie de álbum ambulante de boas canções e filmes. Vinte anos atrás essa possibilidade seria impossível.

Ainda assim, apesar de seu tamanho reduzido e do seu apelo tecnológico, talvez leve anos para que os consumidores se deixem conquistar pelos players de vídeo digitais, também conhecidos como PVPs, de maneira semelhante à que aconteceu com os players de MP3, primos próximos dessas máquinas.

"Não existe tanto ímpeto por trás dos aparelhos portáteis de vídeo quanto existe para os sistemas de áudio", disse Ryan Jones, analista do Yankee Group. "Ou seja, continua a ser cedo demais para esses aparelhos."

Apenas três anos atrás, o download de filmes e a troca de arquivos de vídeo eram vistos como uma idéia distante. Só recentemente os players portáteis de música chegaram ao mercado de massa, e os preços das câmeras domésticas de vídeo caíram consideravelmente. Por isso, o mercado de players portáteis de vídeo chegou mais cedo do que se esperava.

Os aparelhos têm tela de 7,5 cm x 5 cm, pouco maior que um cartão de crédito. Os dois primeiros modelos vêm das francesas Archos, com o AV320, que custa US$ 500, e Thomson, com o RCA Lyra RD2780, vendido por US$ 400 e tem lançamento previsto para o final do ano.

"A maioria dos consumidores pensaria duas vezes antes de gastar US$ 400... e eu não vejo o custo destes aparelhos caindo dramaticamente nos próximos anos", disse a analista da empresa de pesquisa IDC, Danielle Levitas. "E ainda existe competição de tecnologias populares como os players portáteis de DVDs."

Computadores de mão como o TG-50 da Sony, o MP-PV31 da JVC e o Zire 71 da Palm também são capazes de executar vídeos e músicas digitais. A diferença é que os PDAs têm capacidade de memória reduzida para se assistir filmes inteiros e custam mais caro que US$ 400.
 

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