Publicidade on-line esboça reação nos Estados Unidos
da Reuters, em Nova York (EUA)Com a ajuda de empresas tradicionais, a publicidade on-line está iniciando uma recuperação nos Estados Unidos, depois da prolongada seca que se seguiu ao colapso das empresas pontocom, dizem analistas.
Anunciantes tradicionais, como as montadoras de automóveis, estão começando a alocar proporção maior de seus orçamentos de marketing virtual, ajudando o setor de publicidade on-line a dar seus primeiros passos rumo ao que os analistas vêem como uma recuperação sustentável.
"Demorou muito tempo para que os problemas fossem superados e o foco voltasse aos anunciantes significativos", disse Gary Stein, analista da Jupiter Research.
Embora a publicidade on-line tenha ficado mais conhecida como mecanismo que viabilizou planos de negócios mirabolantes de empresas pontocom, sendo que muitas delas fecharam as portas, as companhias tradicionais recentemente passaram a usar abordagens mais sutis, como retornos pagos em listas de busca e anúncios inteligentes animados.
"Estamos definitivamente procurando mudar a maneira pela qual alocamos nossa verba de mídia, dando à internet uma parcela que acreditamos seja proporcional ao melhor retorno sobre o investimento, em nossa estimativa", disse Marc Fireman, diretor mundial de marketing interativo na Reebok.
Safa Rastchy, analista do US Bancorp Piper Jaffrey, afirmou em recente nota de pesquisa que espera que o crescimento da publicidade on-line este ano exceda consideravelmente a faixa dos 15%, ante estimativas anteriores de menos de 10%.
Importantes empresas pontocom como o Yahoo! e a America Online, cuja publicidade empresarial sofreu abalos depois do colapso das companhias de internet, estão agora tentando com mais afinco atender às necessidades dos anunciantes de todos os setores, com preços e formatos mais flexíveis e uso mais inteligente da tecnologia.
O Yahoo!, a America Online e a MSN, da Microsoft, agora ajudam os anunciantes com pacotes que reforçam um tema de marketing, em lugar de simplesmente venderem banners, que eram sinônimo de publicidade on-line durante os anos de expansão acelerada da web.
