União Européia teme por futuro de acordo sobre clima
da Reuters, em Sydney (Austrália)A União Européia expressou preocupação hoje com o futuro das conversações sobre clima global que ocorrerão em meados de julho, depois de não conseguir um consenso com a Austrália sobre como lidar com a rejeição dos Estados Unidos ao Protocolo de Kyoto.
A Austrália, que recebeu uma visita de uma delegação da UE, mantém sua visão de que o acordo entre países industrializados para cortar a emissão de gases que provocam o efeito estufa estaria acabado sem o apoio dos Estados Unidos, segundo informou o ministro do Meio Ambiente, Robert Hill.
Com o Japão também dando preferência a trazer o maior poluidor do mundo, os Estados Unidos, de volta às negociações, o ministro da Energia belga, Olivier Deleuze, admitiu que será difícil chegar a um consenso na próxima reunião sobre clima, que acontecerá em Bonn, Alemanha, entre os dias 16 e 19.
O Protocolo de Kyoto, assinado na cidade japonesa em 1997, prevê que países desenvolvidos cortem a emissão de gás carbônico, o maior causador do efeito estufa, em uma média de 5,2% dos níveis de 1990 até 2012.
A Austrália, o maior exportador de carvão do mundo, concordou em limitar a emissão para 8% acima dos níveis de 1990.
Acredita-se que os gases do efeito estufa contribuam para o aumento da temperatura global, que pode vir a subir o nível do mar e fazer com que este invada ilhas, além de provocar outras condições atmosféricas perigosas.
Os Estados Unidos abandonaram o pacto no início deste ano, alegando que ele poderia provocar danos econômicos no país e também citando a falta de inclusão dos países em desenvolvimento em seus termos.
A UE insiste que outros países continuem a pressionar pelo tratado, que precisa ser ratificado por pelo menos 55 países, cuja emissão de gás carbônico somem 55% das emissões de 1990.
Se Japão, Rússia, UE, Canadá, Austrália e uma série de países do Leste Europeu juntarem forças, eles conseguiriam formar os 55% necessários, mesmo sem os Estados Unidos.
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