Reuters
28/08/2003 - 16h54

Células de combustível poderão alimentar metrô do futuro

da Reuters, em Nova York (EUA)

Os milhares de passageiros do metrô de Nova York que ficaram presos durante horas nos subterrâneos da maior cidade dos Estados Unidos por causa do apagão deste mês podem manter as esperanças: um dia, os trens serão abastecidos por uma rede de energia independente da malha de eletricidade.

É que o Instituto de Propulsão de Célula de Combustível, em Denver (EUA), planeja converter uma locomotiva à diesel de 120 toneladas em um trem totalmente abastecido por células combustíveis. Trata-se de um projeto que poderá no futuro se tornar uma realidade para os trens do metrô.

"Os sistemas do metrô rodando na rede elétrica geram uma situação precária", disse Arnold Miller, porta-voz do projeto. "Os metrôs movidos à célula combustível não seriam dependentes da rede elétrica."

Durante o maior blecaute da história da América do Norte este mês, cerca de 350 mil pessoas ficaram presas por até três horas no sistema de metrô de Nova York.

Empresas de metropolitanos de Nova York, Denver e Londres estão fornecendo diretrizes para o projeto, que foi fundado pelo Centro Nacional Automotivo e pelo Exército Americano.

"Estamos apenas atuando como observadores", disse um representante da Autoridade de Transporte Metropolitano de Nova York, frisando que a participação não significa nenhum compromisso em usar a tecnologia.

As células de combustível combinam hidrogênio com oxigênio em uma reação química que produz energia elétrica, emitindo apenas água como subproduto. A obtenção de hidrogênio, entretanto, exige grandes gastos de combustíveis fósseis.

Os defensores da tecnologia acreditam que será possível obter hidrogênio no futuro com energia nuclear, eólica e solar, o que transformaria as células de combustível em uma forma de energia não-poluente.
 

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