Reuters
08/09/2003 - 10h52

Presidente da PeopleSoft diz que oferta da Oracle está "morta"

da Reuters, em San Francisco (EUA)

O presidente-executivo da PeopleSoft, Craig Conway, disse que a oferta hostil de US$ 7,3 bilhões da Oracle pela empresa está "morta" pois a PeopleSoft entra em 2004 prevendo um crescimento de 5% nas vendas e uma melhora na economia.

"Eu acho que acabou. É um filme que vem passando há muito tempo e que ninguém mais está assistindo. Eu acho que vocês estão querendo dar vida a algo que já está morto desde meados de julho", disse o executivo sobre a oferta da Oracle. A oferta hostil está sendo analisada por autoridades antitruste dos Estados Unidos e da União Européia.

As valorizações nos papéis da PeopleSoft nesta semana fizeram com que a oferta da Oracle, de US$ 19,50 por ação, ficasse defasada pela primeira vez desde o seu lançamento em junho.

A PeopleSoft, que fechou recentemente a aquisição da J.D. Edwards por US$ 1,8 bilhão, aumentou nesta semana sua previsão de receitas e lucros neste ano para as operações conjuntas além de estabelecer metas financeiras para 2004 mais ambiciosas do que as anteriores.

A companhia assumiu o controle das operações da J.D. Edwards em meados de julho, cerca de três meses antes do previsto, em um esforço contra as intenções da Oracle.

A PeopleSoft informou que espera que as vendas de software em 2004 fiquem entre US$ 700 milhões e US$ 715 milhões, número que prevê um crescimento 5%.

"Eu acho que a economia está melhorando de fato", disse Conway. "A questão em 2004 é qual será o impacto (da melhora econômica)".

Se a PeopleSoft conseguir atingir suas metas, ela provavelmente vai desbancar a Oracle do posto de segunda maior produtora de software corporativo do mundo, segmento liderado pela alemã SAP .

"É a nossa melhor estimativa. Tem tanta chance de ser alta quanto baixa", afirmou Conway.

A Oracle anunciou na quinta-feira (4) que adiou o prazo de sua oferta pela PeopleSoft de 19 de setembro para 17 de outubro. A companhia informou que 38,7 milhões de ações foram incluídas na oferta até o fechamento do mercado em 4 de setembro. Até o final do segundo trimestre, a PeopleSoft tinha cerca de 318,6 milhões de ações no mercado, antes de anunciar na quinta-feira um plano de recompra de ações de US$ 350 milhões.
 

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